Recursos para sanidade são insuficientes, afirmam autoridades
Tereza Cristina considera reduzido o investimento do governo federal nas ações e programas de sanidade animal. Atualmente, o governo investe 0,27 dólar (cerca de R$ 0,54) por cabeça de gado na prevenção e combate de doenças. No caso da gripe do Frango, por exemplo, Tereza defende que os recursos estejam disponíveis antes de doença chegar ao Brasil.
O pesquisador da Embrapa em sanidade animal e assessor da Diretoria Executiva da empresa, Fernando Campos, que também participou do debate, compartilha da mesma opinião que a secretária. Segundo ele o recurso disponibilizado pelo governo para defesa sanitária animal é insuficiente, apesar de a principal barreira para os produtos brasileiros no exterior ser a sanitária. "O governo precisa dar maior importância à defesa sanitária animal", destacou.
Até mesmo o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da gricultura (Mapa), Inácio Afonso Kroetz, reconheceu durante a audiência pública que o Ministério trabalha com recursos insuficientes para acompanhar o crescimento do agronegócio.
Segundo o Ministério da Agricultura, o agronegócio brasileiro é responsável por 33% do Produto Interno Bruto (PIB), 42% das exportações totais e 37% dos empregos.
SANIDADE ANIMAL
Em relação à febre aftosa, Kroetz disse que o País aguarda a declaração de Santa Catarina como área livre da doença, sem a necessidade de vacinação. Ele também informou que 5.560 municípios possuem sistema de defesa sanitária regular.
SANIDADE VEGETAL
Kroetz afirmou que, na safra de soja de 2006 e 2007, foram detectados 2.407 focos da ferrugem asiática. Essa praga, causada por fungos, ataca inicialmente as folhas localizadas nas partes baixas da planta. Depois, os pontos escuros (ferrugem) espalham-se pelas folhas. Isso provoca um rápido desfolhamento da planta e a redução no número de vagens, de grãos e do próprio peso do grão. As perdas podem chegar a 100% da produção.
Ainda segundo ele, outra preocupação do ministério está no monitoramento da mosca da fruta, com o objetivo de evitar que a doença atinja estados como Ceará e Paraíba, que estão livres do inseto. A mosca ataca preferencialmente frutos maduros, onde deposita seus ovos. Depois da eclosão, que ocorre no interior dos frutos, a larva completa o ciclo, saindo apenas para se transformar em pupa, o que ocorre no solo. Normalmente há mais de uma larva no interior do fruto.
Também participaram do debate a pesquisadora da Embrapa de recursos genéticos e biotecnologia em sanidade vegetal, Maria Regina Vilarinho de Oliveira; o presidente do Fórum Nacional Permanente de Pecuária de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antenor Nogueira e o representante da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Ivar Caovilla. A audiência foi proposta pelos deputados Waldir Neves (PSDB-MS) e Dagoberto Nogueira(PDT-MS).
Fonte: Cristiane Sandim, do "Notícias.MS", com informações da Agência Câmara.
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