Workshop formula índice de qualidade de bacias hidrográficas
A pesquisadora Débora Calheiros, da Embrapa Pantanal, coordena o workshop “Índice de Qualidade de Bacias Hidrográficas – Ferramenta alternativa para o enquadramento visando manejo integrado e sustentável de recursos hídricos”, que acontecerá de 12 a 16 de agosto no Instituto São Vicente da Universidade Católica Dom Bosco em Campo Grande (MS).
O índice será uma ferramenta de gestão alternativa ao enquadramento de ecossistemas aquáticos. O objetivo é contribuir cientificamente para o manejo mais eficiente dos recursos hídricos, tendo a avaliação da qualidade da bacia hidrográfica como unidade de enquadramento, e não apenas a qualidade da água.
O workshop vai reunir a equipe multidisciplinar da bacia do Miranda que atua no projeto “Desenvolvimento de indicadores da qualidade das bacias hidrográficas do Tietê/Jacaré (SP) e do rio Miranda (MS) para manutenção da qualidade da água”, financiado pela Finep/CT-Hidro.
Segundo Débora, o projeto começou a ser desenvolvido em 2005 e está em fase final. Em 2008 será lançado um livro com os resultados do projeto.
Trabalham no projeto cerca de 30 pesquisadores. As informações levantadas durante as pesquisas serão repassadas aos órgãos gestores do Estado e dos municípios envolvidos, além do comitê da bacia hidrográfica do rio Miranda.
Débora lembra que, nas três últimas décadas, nas duas bacias, Tietê e Miranda, os impactos antrópicos tornaram-se gradativamente mais expressivos, devido à expansão das atividades agropecuárias, agroindustriais e industriais, em maior ou menor grau.
“Nas duas bacias, os principais impactos estão relacionados ao mau uso do solo, à aplicação indiscriminada de fertilizantes e pesticidas e ao lançamento de efluentes urbanos e industriais, além da presença da espécie exótica "mexilhão dourado", disse a pesquisadora da Embrapa Pantanal (unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA).
Na bacia do Tietê/Jacaré há ainda o efeito das barragens e na bacia do rio Miranda o efeito do desmatamento irregular relacionado às carvoarias, aumento da área da monocultura do eucalipto, além do potencial de dispersão do “mexilhão dourado”.
Está prevista a apresentação dos resultados de cada ação de pesquisa, reunião em grupos para identificação de variáveis-chave, aplicação de métodos matemáticos e/ou estatísticos para a síntese de informações e para a elaboração conjunta do IQB (Índice de Qualidade de Bacias).
Conheça a equipe da bacia do rio Miranda (MS): Dra. Débora Fernandes Calheiros (Limnologia/Ecotoxicologia – Embrapa Pantanal), MSc. Balbina Soriano (Climatologia – Embrapa Pantanal), MSc. Sérgio Galdino (Hidrologia – Embrapa Pantanal), MSc. Luiz Alberto Pellegrin (Sensoriamento Remoto – Embrapa Pantanal), Dr. João dos S. Vila da Silva (Sensoriamento Remoto/Zoneamento - Embrapa Informação Agropecuária), MSc. Luís Mário Ferreira (Controle Ambiental – Semac-Imasul/MS), Bel. Eni Garcia de Freitas (Gerenciamento Recursos Hídricos – Semac-Imasul/MS), MSc. Maria Célia Montanholi (Ecologia de Bentos – Semac-Imasul/MS), Dr. Kennedy Roche (Limnologia – UFMS), Dr. William da Silva (Limnologia – UFMS - DCR/CNPq),Dra. Eliana Dores (Química de Pesticidas – UFMT), Dr. Edinaldo Castro (Química de Metais Pesados – UFMT), MSc. Domingos Sávio Barbosa (Ecologia de Bentos – EESC/USP), Dr. Felipe Augusto Dias (Sensoriamento Remoto – UCDB), Bel. Gustavo Ferreira (Sensoriamento Remoto – UCDB), Dr. Walter Collischonn (Hidrologia/Modelagem – IPH/UFRGS),
MSc. Christohper Souza (Hidrologia/Modelagem – IPH/UFRGS), MSc. Alfonso Risso (Sensoriamento Remoto/Modelagem - IPH/UFRGS), Dr. Heitor L. C. Coutinho (Ecologia - Embrapa Solos)
Consultoria: Dra. Silvia Massruhá - Análise Multicritério e Lógica Nebulosa - Embrapa Informação Agropecuária e MSc. Janet Higuti (Ecologia de Bentos - NUPELIA/UEM)
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home