CPMI dos Correios deve receber novos documentos até quarta
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios deverá receber até quarta-feira (27) os documentos sobre a contabilidade das empresas de Marcos Valério de Souza, apreendidos pela Polícia Federal (PF) com a lista de deputados que teriam recebido propina. Valério é acusado de ser o operador de mesadas que seriam pagas pelo PT a deputados do PP e do PL. A papelada do Banco Rural de Belo Horizonte (MG), onde o empresário tem conta, foi parar no Supremo Tribunal Federal (STF) por envolver parlamentares, que têm foro privilegiado e só podem ser julgados pelo STF. A promessa de remeter a documentação foi feita pelo próprio presidente do STF, ministro Nelson Jobim.O relator da CPMI, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), ressaltou que os documentos passarão a valer como provas após a perícia da PF. "Até onde se sabe, essas informações serão pólvora pura." Osmar Serraglio admite a possibilidade de a CPMI pedir a prisão preventiva de Marcos Valério. Ele lembrou, no entanto, que seria uma medida extrema.Fora de época O sub-relator de Movimentação Financeira da CPMI, deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), discorda da idéia de uma prisão preventiva agora. "Por incrível que pareça, qualquer medida de prisão preventiva já está atrasada. Eu pedi a prisão antes de Marcos Valério ter conversado com Delúbio e antes de ter vindo aquela versão a público", disse, referindo-se a uma conversa que Marcos Valério e o tesoureiro licenciado do PT, Delúbio Soares, tiveram há duas semanas. Depois dessa conversa, os dois apareceram com o discurso de que o empresário teria tomado empréstimos bancários em seu nome para saldar dívidas do PT e financiar campanhas.Gustavo Fruet afirmou que os dados enviados pelo Banco Rural à CPMI, com a quebra de sigilo bancário de supostos envolvidos no esquema de "mensalão", ainda estão incompletos. De acordo com o sub-relator, a CPMI poderá recorrer ao Banco Central para resolver o problema, já que o pedido ao Banco Rural foi feito há mais de 15 dias.
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