O Globo : Delcídio, o beijoqueiro de santo
O filho da fazendeira do Pantanal, Roseli, informa que continua beijando santos e lendo o salmo 91 (já publicado, na íntegra, aqui no blog) e, antes de cada reunião da CPMI dos Correios, que preside, benze o corpo.
Leia abaixo a entrevista :
Rio, 17 de julho de 2005
O GLOBO - Versão impressa
‘É inacreditável aquilo que a CPI já apurou’
Adriana Vasconcelos e Maria Lima
Beijoqueiro de santo, o senador Delcídio Amaral (PT-MS) nunca inicia uma sessão da CPI dos Correios sem se benzer. Armado de fé e paciência, ele vem administrando a mais difícil missão de sua carreira política: levar adiante as investigações de corrupção que respingam no próprio partido e no governo, sem perder a isenção. Elogiado pela oposição e visto com desconfiança por alguns colegas de bancada, ele diz que permanecerá no PT. Delcídio se diz no fio da navalha, mas acha que já conseguiu desfazer a imagem da CPI chapa-branca. Ele critica os petistas por desqualificarem as denúncias que envolvem o PT e diz que o único caminho é a depuração, o que não impedirá que a legenda emagreça em 2006.
Após três semanas de trabalhos, o senhor acredita que já desfez a imagem de que a CPI seria chapa-branca?
DELCÍDIO AMARAL: Não tenho dúvida. Essa imagem de CPI chapa-branca desapareceu. Mas o senhor está pagando um preço alto?
DELCÍDIO: Estou pagando um preço alto para manter o equilíbrio, a eqüidistância nas decisões. Ao mesmo tempo, tento conduzir os trabalhos com muita paciência, tolerância, respeitando as diferenças, o perfil de cada parlamentar.
O senhor se sente sempre na linha de tiro?
DELCÍDIO: Permanentemente. Estou na linha de tiro de todos. Qualquer decisão merece algum tipo de questionamento. Ora os partidos de oposição se sentem prejudicados, ora é o PT e os partidos da base. A opinião pública está monitorando cada passo. Vivo no fio da navalha. As investigações e os próprios fatos têm exposto bastante o PT.
Como foi encarar a prisão de um petista carregando dinheiro na cueca?
DELCÍDIO: É muito ruim para o partido um dirigente ser pego nessa situação...
Isso força o PT a mudar de atitude diante das investigações?
DELCÍDIO: O PT tem de ir para a ofensiva. Se há problemas no partido, não temos que desqualificar denúncias ou pessoas. Esse é um mau caminho. É sangrar o resto da vida. O PT precisa entender que é maior que a crise.
Entre uma possível operação abafa e a sua biografia, de que lado fica?
DELCÍDIO: Não há a menor condição de abafar nada. É completamente inviável. Não só pelo equilíbrio da CPI. A imprensa acompanha o tempo todo e a sociedade também. É uma CPI com uma capilaridade que nenhuma outra teve.
O senhor ingressou no PT por um convite de Lula e de Dirceu. Se sentirá constrangido se o ex-ministro for convocado para depor?
Para ler a entrevista completa, clique AQUI
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