PT dispara seus canhões contra a Editora Abril
Editora Abril fez doações a candidatos tucanos
A Editora Abril S/A, proprietária da revista semanal Veja, doou, nas eleições de 2002, R$ 50,7 mil a candidatos do PSDB. A informação foi obtida junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pelo gabinete do deputado federal Dr. Rosinha (PT-PR). Um político do PPS também foi beneficiado pelas doações.
Segundo a assessoria do deputado petista, a campanha do atual líder da bancada do PSDB na Câmara dos Deputados, Alberto Goldman (PSDB-SP), recebeu doações de R$ 34,9 mil da editora em 2002. Durante o governo FHC, Alberto Goldman foi relator da Lei Geral de Telecomunicações, que regulamentou a participação do capital estrangeiro no setor.
Outro beneficiado com doações foi o deputado federal licenciado Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP). Ex-ministro da Justiça durante o governo FHC, Aloysio exerce hoje o cargo de secretário de governo do prefeito tucano José Serra, em São Paulo. A campanha de Nunes recebeu R$ 15,8 mil da Editora Abril.
Uma terceira doação foi feita ao então candidato a deputado federal Emerson Kapaz (PPS-SP), no valor de R$ 30 mil. Kapaz, que já exerceu mandatos pelo PSDB — antes de trocá-lo pelo PPS — não foi eleito em 2002.
Segundo a assessoria do deputado Dr. Rosinha, essas foram as únicas doações feitas a políticos pela Editora Abril em 2002. Nas eleições de 2004, a editora não doou recursos.
Relação
"Essas doações a dois caciques tucanos, feitas pela editora-proprietária da Veja, revelam uma relação íntima mantida entre a revista e o PSDB", afirmou Dr. Rosinha. "Agora, começamos a entender a motivação dos ataques da revista ao governo Lula e ao PT, boa parte deles inconsistentes", disse. Dr. Rosinha já havia apontado uma série de ligações entre o instituto de pesquisa Ipsos-Opinion (multinacional com sede na França) e o PSDB. De acordo com o deputado, a revista Veja fez uso de dados do instituto para publicar capas ofensivas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.O parlamentar federal petista ainda afirmou que o Ipsos trabalha para o PSDB desde o início de sua atuação no Brasil, em 2001.
Perfil neoliberal
Além de ter relatado a Lei Geral de Telecomunicações durante o governo FHC, Alberto Goldman também presidiu a comissão que tratou da flexibilização do monopólio do petróleo.
O principal beneficiado pelas doações da Editora Abril foi ainda ministro dos Transportes, quando deu início ao processo de privatização das rodovias e portos brasileiros."O perfil de Goldman é tão neoliberal quando à linha editorial da revista Veja", avaliou Dr. Rosinha.
Dívidas
Uma das maiores editoras do Brasil, a Abril possuía um endividamento líquido, em 2002, de R$ 699,5 milhões. Em julho de 2004, fundos de investimento em empresas de capital privado da Capital International Inc. associaram-se ao grupo Abril, beneficiando-se da Lei Geral de Telecomunicações, relatada por Goldman.
A negociação permitiu um aumento de capital de R$ 150 milhões — parte do valor foi utilizada no abatimento da dívida. O negócio corresponde a 13,8% do capital da Abril. A dívida atual da editora chega a R$ 485,9 milhões."Como se vê, mesmo endividada, a empresa não deixou de contribuir com campanhas tucanas", observou Dr. Rosinha. "Onde fica o princípio de imparcialidade e a independência jornalística dos veículos ligados à editora?", questionou o parlamentar petista.
Comentário do blog: Já pesquisei e recebi informações da minha antiga e confiável fonte, o papagaio falador, publicadas aqui no blog, sobre doações em dinheiro para campanhas políticas aqui em Mato Grosso do Sul. São dados impressionantes. Também envolvem empresas de comunicação de massa. São doações legais e registradas na Justiça Eleitoral. Sobre a prestação de contas do dinheiro usado nas campanhas políticas, também já escrevi aqui no blog. É uma pena que apenas este blog - com os sites Pantanal News e Capital do Pantanal - tenha se interessado pelo material levantado.
O papagaio falador até comentou: "Armandinho, você já denunciou o narcotráfico na fronteira, a lavagem de dinheiro, a prostituição infantil, a corrupção na Câmara de Vereadores - com condenações dos culpados - , a atuação de doleiro ligado ao traficante Fernandinho Beira-Mar e tantas outras pautas 'polêmicas'. Vai encarar, agora, o dinheiro maldito e mal explicado de algumas campanhas políticas?"
Pois é, caro papagaio falador, acabo de lembrar daquela história de ficção científica, na qual o repórter denuncia muita coisa que está errada e termina sozinho, transformado, ele próprio, em bandido. Enquanto isso, os verdadeiros bandidos ficam soltos nas ruas e sendo fotografados sorridentes e aparecendo em badaladas colunas sociais. O bom, no mundo da ficção, é que um dos encarregados de combater frontalmente o narcotráfico, o contrabando e a corrupção em geral, continua recusando-se a cumprimentar certas "figurinhas carimbadas" que também freqüentam eventos sociais insuspeitos. Ele diz para quem quiser ouvir: "Não cumprimento quem, um dia, quem sabe, se Deus quiser, vou algemar e levar para a minha confortável e aconchegante cela lá na Praça." É isso. Ainda bem que é só ficção. Graças a Deus!
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home