Senadora compara Daslu a destilaria do Mato Grosso
A senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) comparou nesta quinta-feira (28) a repercussão da fiscalização realizada na empresa paulista de artigos de luxo Daslu, suspeita de sonegação de impostos, com a diligência feita pelo Ministério do Trabalho na Destilaria Gameleira, acusada de utilizar mão-de-obra escrava no estado de Mato Grosso. Ao citar em Plenário artigo publicado pela agência Carta Maior, ela observou que tanto os proprietários da Daslu quanto os da Gameleira consideraram injustas as ações de fiscalização.
- Há identificação dos cabides da Daslu com canaviais da Gameleira: uma não paga impostos e a outra utiliza trabalho escravo - e se acham injustiçados - disse Serys.
O artigo informa, segundo a senadora, que houve manifestações por parte de deputados, senadores, juristas e pessoas influentes em defesa das duas empresas, com o argumento de que nesse país é impossível "pagar todos os impostos" e "ser um fiel cumpridor da lei".
Serys também ressaltou que a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) se manifestou em defesa da Daslu, assim como a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária o fez em relação à usina de álcool Gameleira. Ambas as entidades, disse ela, argumentaram que as empresas geram empregos e contribuem para o desenvolvimento da região. Para a senadora, este argumento não se justifica, pois a sonegação de impostos e o descumprimento das leis brasileiras pelas empresas significam concorrência desleal, o que causa prejuízo às que trabalham legalmente.
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