Correio do Estado: Suplicy disse a Delcídio do Amaral que vai localizar dona do restaurante

O blog publica notícia da edição de hoje do jornal "Correio do Estado", de Campo Grande:
Senador vai entrar em contato com dona de restaurante que viu Marinho com petebista
Suplicy apura reunião de Jefferson em Anastácio
Eduardo Suplicy disse a Delcídio do Amaral que vai localizar dona do restaurante
Neiba Ota
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) afirmou ao presidente da CPI dos Correios, senador Delcídio do Amaral (PT-MS), que está procurando contato com a empresária de Anastácio, dona de restaurante na beira da prainha, para confirmar a reportagem publicada no blog – diário virtual – do jornalista Armando Anache, que afirma a relação entre o ex-diretor dos Correios Maurício Marinho e o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), que estiveram juntos almoçando em seu estabelecimento. “O próprio Eduardo Suplicy disse que vai entrar em contato com a empresária, depois, vamos tomar providências e a comissão vai ver se deve convocá-la”, comentou o senador Delcídio do Amaral. Durante o depoimento na CPI do Mensalão, ao receber das mãos do senador Eduardo Suplicy a reportagem do blog, Roberto Jefferson saiu do sério e rasgou o papel. A atitude do deputado, segundo Delcídio do Amaral, incentivou o senador Suplicy a apurar o fato. “Ele disse que assim que conseguir entrar em contato, vai comunicar à CPI dos Correios”, disse.

A matéria completa você encontra no jornal Correio do Estado

Comentário do blog: Na manhã de ontem (6), o senador Suplicy telefonou para mim, direto de São Paulo. Estava chegando à reunião da executiva nacional do PT. Perguntou, gentilmente, se havia alguma novidade aqui no Pantanal. Informei que a única alteração era no tocante à minha fonte - que concedeu entrevista afirmando ter visto o deputado Jefferson comendo peixe no seu restaurante, em companhia do aquidauanense Maurício Marinho - que agora tenta mudar a versão inicial.
Ressalto ao leitor do blog que, anteriormente, jamais havia falado com o senador paulista, nem mesmo profissionalmente. Fazendo uma entrevista, por exemplo. Nem sabia, também, que a entrevista - postada em 30 de junho, portanto há mais de um mês - deste modesto blog iria ser usada por ele na CPI do Mensalão, em Brasília. Não fui avisado previamente.
Ela se esquece que a sua entrevista está gravada em fita. Não fui eu quem afirmou ter visto o deputado fluminense no Pantanal, em companhia de Maurício Marinho. Foi ela. O testemunho é dela, da minha fonte. Confirmou em três dias distintos e também no quarto dia, quando me chamou, com medo de ser chamada para a CPMI dos Correios. Informei que não havia risco quanto a isso, pois ela não havia sido identificada. Agora, nesta semana, a minha fonte resolveu se identificar à repórter Claúdia Gaigher, da TV Morena, afiliada da Rede Globo, quebrando assim o pacto de silêncio e de sigilo.
Portanto, estou à vontade para divulgar a fita com a entrevista concedida por ela, que agora tenta negar tudo.
Vou entregar o material jornalístico à CPMI dos Correios e ao senador Eduardo Suplicy (PT-SP), pois não posso admitir que, agora, depois de todo o trabalho de apuração, tentem mudar as versões, como se eu fosse o responsável por "induzir" a fonte a falar sobre o deputado Roberto Jefferson.
Aviso aos navegantes: Aqui no Pantanal também existem jornalistas profissionais. Não sou o melhor e talvez não seja o pior, mas sou um deles. Profissional mesmo. Jornalista por formação!
E as leis que valem no Rio de Janeiro e em São Paulo, onde estudei, estão em vigência por aqui também. Aqui é território brasileiro, mesmo estando a apenas 290 quilômetros a leste da fronteira com a Bolívia.
Jornalista relata fatos. Ouve testemunhas que presenciaram fatos. Apura tudo da melhor maneira possível, depois de extensa e exaustiva checagem.
Jornalista não cria fatos. Quem relata ao jornalista é a fonte. Depois, não adianta querer mudar a versão. Não faltaram alertas feitos por mim sobre a gravidade das informações passadas e confirmadas.
O leitor, onde quer que esteja, vai ouvir em breve a entrevista gravada. Tire as suas conclusões depois, ok?