Ex-secretário de Comunicação do PT pede habeas corpus preventivo para depor na CPI dos Bingos

O blog publica notícia de Priscilla Mazenotti, repórter da Agência Brasil:
Brasília - O ex-assessor especial da Casa Civil e ex-secretário de Comunicação do Partido dos Trabalhadores (PT), Marcelo Sereno, solicitou habeas corpus preventivo no Supremo Tribunal Federal (STF). Sereno, que presta depoimento amanhã na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos, quer ter direito ao silêncio caso alguma pergunta possa incriminá-lo. O documento quer assegurar também o direito de Sereno não assinar termo de compromisso de dizer a verdade, de não ser preso caso se recuse a responder a perguntas que julgue auto-incriminatórias e de ser acompanhado por advogado. Sereno afirma que a CPI suspeita de seu envolvimento na arrecadação de dinheiro de jogo para campanha petista, tanto que determinou a quebra de seu sigilo bancário, fiscal e telefônico. Assim, alega que prestará depoimento na condição de investigado, "o que significa dizer que estaria sendo investigado tanto pela suposta ligação com o jogo quanto pela suposta ligação com Waldomiro Diniz". As informações são do STF.

Comentário do blog: Perdão pelo trocadilho infame, proibido pelos melhores Manuais de Redação que tenho aqui comigo. Mas, na hora da decisão, o Ilustríssimo Senhor Sereno perdeu a serenidade habitual, não foi?
Por que tanto medo de encarar a CPMI? Por que não pretende falar a verdade, hein? Caso seja concedido o benefício legal - diga-se de passagem - do "habeas corpus" - será mais um que entrará quieto e sairá mudo da CPMI, com aquele ar de deboche característico de muitos dos envolvidos nos escândalos que formam a grave crise que assola o Brasil.
Afinal de contas, ex-secretário de comunicação é para comunicar, para falar, para conversar, para divulgar. Por que o silêncio agora, hein?
Como diz aqui ao meu lado um amigo paraguaio lá de Porto Murtinho, na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai: --Ora, 'seo' Armandiño, si tiene, tiene medo, señor!
Ah, bom. Agora entendi. Obrigado.