Freire critica ato pró-Lula: A corrupção está no governo

O blog publica notícia divulgada pelo PPS (Partido Popular Socialista), na internet:
“Fazer uma manifestação contra a corrupção e a favor do governo Lula é complicado porque a corrupção está no governo Lula”, disse o deputado Roberto Freire (PE), ontem (16), ao comentar o ato público promovido pelo MST, CUT e UNE na Esplanada dos Ministérios e em frente ao Congresso Nacional. O deputado, que participou do programa Fala Brasília, da TV Record, acha que esse protesto só não teve a expressão do contraditório, ou seja, das pessoas que estão descontentes com o governo Lula, porque foi feito em Brasília, onde os manifestantes cruzam um caminho onde não há grande circulação de pessoas, lojas comerciais ou residências. Apenas os prédios dos ministérios.
“Se fosse feita em São Paulo, no Rio de Janeiro ou em qualquer outra capital, seria difícil não cruzar com os muitos cidadãos contrários ao governo”, afirmou. Na avaliação de Freire, o presidente Lula tem, atualmente, “a capacidade de mobilizar poucos”, por causa da decepção que os escândalos de corrupção envolvendo o PT e o governo estão causando na sociedade.
As informações sobre os desdobramentos da crise, disse Freire, têm chegado com uma rapidez que não existia quando o ex-presidente Collor sofreu o processo de impeachment. “As televisões transmitem um depoimento aqui com um teor e outro na sala ao lado desmentindo aquelas declarações. A internet coloca toda a crise em tempo real para a cidadania, que ali se informa, opina e debate”, observou.
Impeachment
Quanto à possibilidade de impeachment de Lula, Freire afirmou que o presidente da República não pode impedir o livre funcionamento do Poder Legislativo, conforme determina a Constituição. “Se houver cassação de parlamentares por causa do mensalão, fica caracterizado que houve essa interferência, configurando, então, crime de responsabilidade. Com esse crime, há motivo para impedimento”, analisou.
O impeachment, entretanto, é um julgamento político, não judicial, ressalvou Freire. “É um remédio extremo, mas é constitucional. Talvez seja melhor ter um impedimento que um presidente fraco, tutelado”, disse.