Revelações sobre morte de Jean são 'chocantes', diz advogada
Imagem da ITV News mostra o corpo de Jean no vagão do metrô
Uma advogada que trabalha para a família do brasileiro Jean Charles de Menezes na Grã-Bretanha, Harriet Wistrich, disse nesta quarta-feira que "são chocantes" as novas revelações sobre a morte do eletricista - divulgadas por uma rede de TV.
Falando à BBC, Wistrich disse que as informações deixam claro que Jean "não estava fazendo nada que pudesse levantar qualquer suspeita". "Infelizmente, ele morava em um prédio que estava sendo vigiado pela polícia e tinha a pele mais escura."
Na terça-feira, a rede britânica ITV News divulgou que teve acesso a documentos e fotografias que trazem detalhes sobre o incidente com o brasileiro, morto pela polícia britânica no dia 22 de julho.
Segundo a ITV News, os documentos e as fotografias mostram que o brasileiro não estava vestindo uma jaqueta volumosa, como a polícia havia divulgado anteriormente, mas, sim, uma jaqueta jeans.
Ele também não estaria carregando uma mochila nem teria pulado a catraca (roleta) da estação do metrô de Stockwell (sul de Londres), onde foi morto a tiros.
Atirar para matar
Segundo Wistrich, o vazamento dos documentos fez com que a família ficasse sabendo sobre os novos fatos pela imprensa.
A Comissão Independente de Queixas sobre a Polícia (IPCC, na sigla em inglês), um órgão que investiga possíveis erros em ações policiais, disse que a família "deve estar sofrendo por ter recebido as informações pela televisão".
Em declaração, a IPCC disse que já havia deixado claro "que não faria especulações ou divulgaria informações parciais sobre a investigação, e que outros também deveriam agir dessa maneira".
A família sempre soube que a morte de Jean foi um engano, que ele era completamente inocente. Eles querem saber toda a verdade e lutar por justiça
Harriet WistrichA advogada Harriet Wistrich afirmou que ainda não foi procurada pela polícia após as revelações.
"Esses novos fatos levantam questões sobre a política do atirar para matar ", diz ela. "Será que essa política deve continuar? Porque pudemos perceber que ela pode ser usada de maneira perigosamente errada."
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