Risco-país sobe 1,71% e dólar avança 1,04% com cena política
SÃO PAULO - A piora no humor dos investidores nesta terça-feira pode ser refletida no comportamento do EMBI+ Brasil, indicador que mede o risco-país brasileiro, termômetro da confiança no país. Às 15h57m (14h57 no Pantanal Sul), o indicador tinha 415 pontos centesimais, com alta de 1,71%. No mesmo horário, o dólar à vista subia 1,04% e era negociado por R$ 2,408 na compra e R$ 2,410 na venda. Depois de uma trégua na segunda-feira, reflexo do discurso tranqüilizador do ministro Antonio Palocci, o mercado volta a dar sinais de desconfiança do cenário político. O destaque do dia é o depoimento do ex-deputado Valdemar Costa Neto na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Mensalão. Entre outras coisas, Costa Neto afirmou que o segundo turno da campanha presidencial foi pago pelo PT com dinheiro não-contabilizado. O cenário econômico interno tem poucos destaques, o que mantém as atenções do mercado voltadas à cena política. Nesta quarta-feira, o depoimento que deverá concentrar atenções será o de Rogério Buratti, ex-assessor do ministro da Fazenda, Antônio Palocci. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera em queda de 1,63%, com o Índice Bovespa em 26.817 pontos e R$ 1,304 bilhão em negócios. Vale do Rio Doce PNA, ação mais negociada do dia, tem queda de 2,16%. Telemar PN, que tem o maior peso no Índice Bovespa, recua 0,48%. Dentre os papéis da carteira teórica do índice, as maiores quedas são de Tele Leste Celular PN (-4,84%) e Light ON (-4,44%).
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Comentário do blog: O mercado financeiro permaneceu tranqüilo ontem (22), depois da entrevista coletiva do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, no domingo (21).
Hoje, passadas 48 horas da entrevista de Palocci, o mercado já sofre alterações, em razão do depoimento do ex-deputado Valdemar Costa Neto que, na tentativa de cobrir muitas coisas, "acabou abrindo um rombo do tamanho de um trem", conforme declaração do deputado federal e delegado da Polícia Federal, Moroni Torgan (PFL-CE), já publicado aqui no blog em postagens anteriores.
A pergunta é: Depois da menor cotação do dólar comercial desde 2003, registrada ontem; até quando o mercado agüentará tantas revelações que causam fortes emoções num setor sempre nervoso por natureza?
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