Três Poderes garantem funcionamento das instituições

A Agência Câmara informa que terminou há pouco a reunião no Palácio do Planalto entre os dirigentes dos três Poderes. O encontro, que debateu a crise política e as propostas para aprimorar o sistema eleitoral e o controle da movimentação financeira, teve a participação dos presidentes da República, Luiz Inácio Lula da Silva; da Câmara, Severino Cavalcanti; do Senado, Renan Calheiros; e do Supremo Tribunal Federal (STF), Nelson Jobim, além do vice-presidente José Alencar; do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos; e do procurador-geral da República, Antônio Fernandes de Souza. No final da reunião, os participantes - exceto José Alencar - assinaram uma nota em que transmitem à sociedade, "em um momento em que uma profusão de acusações vem a público, a tranqüilidade de que as instituições do Estado se encontram em pleno funcionamento, garantindo o irrestrito prosseguimento das investigações em curso".
Reforma política
No documento, os participantes da reunião também defendem a reforma política e elogiam a iniciativa dos parlamentares que apresentaram projetos para aperfeiçoar o sistema eleitoral brasileiro. "Seria oportuno que o processo de apuração pelo qual passa o Brasil fosse coroado por uma reforma que garantisse mais transparência, responsabilidade e solidez ao regime político", diz a nota, cujos signatários demonstram ainda a confiança de que o Congresso Nacional será capaz de realizar a reforma em seu devido tempo. Os dirigentes também consideram um "bom ponto de partida" as sugestões apresentadas pelo presidente Lula para impedir que a circulação monetária seja usada para promover qualquer atividade ilícita no País ou no exterior.
Prova de sintonia
O presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, disse que o encontro foi uma demonstração de sintonia entre os dirigentes dos três Poderes. "Os representantes do Legislativo, do Executivo e do Judiciário mostraram sintonia no sentido de garantir o bem-estar e o desenvolvimento do Brasil, sem deixar de apurar em profundidade todas as acusações que têm vindo a público"", afirmou.

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