CPI dos Correios diz que Valério não fez empréstimos ao PT
Análise das contas
Para saber a verdadeira origem dos recursos, Fruet defende uma análise aprofundada na contabilidade das empresas de Marcos Valério, com o auxílio da Polícia Federal. Segundo o sub-relator, para dificultar rastreamentos, o empresário desenvolveu um sistema contábil confuso, distribuído em 76 contas de 9 bancos diferentes.
O Ministério da Justiça vai trabalhar no rastreamento de contas no exterior, principalmente a de Duda Mendonça, no Bank Boston em Miami (Estados Unidos). Mas segundo a coordenadora-geral de recuperação de ativos do ministério, Wannine Lima, essa operação deve demorar. "Nós estamos encaminhando pedidos de cooperação jurídica internacional, o que envolve a análise pelas autoridades dos outros países sobre a investigação e a compatibilidade dos crimes com a legislação desses países. Além de tudo isso, os bancos serão intimados para levantar os sigilos. Portanto, há que se imaginar que o tempo de duração da CPMI não será suficiente para que entreguemos esses materiais", explicou.
A CPMI ainda aprovou o pedido de bloqueio de todas as contas no exterior de Duda Mendonça e de sua sócia, Zilmar Fernandes.
Auditorias do TCU
Também hoje, o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Adilson Mota, entregou à CPMI dos Correios um relatório prévio e sigiloso sobre as auditorias feitas em 33 órgãos governamentais. Ele apresentou ainda um relatório parcial sobre os sigilos telefônicos quebrados, que mostram contatos constantes entre representantes do governo, do PT e de empresas de Marcos Valério em datas próximas aos saques feitos nas contas do empresário.Agora, a CPMI vai quebrar os sigilos bancário, fiscal e telefônico de 20 sacadores. Existem suspeitas de uso de "laranjas" para a retirada do dinheiro, que seria feita por indicação do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e totaliza R$ 32 milhões.
De acordo com o sub-relator Gustavo Fruet, Marcos Valério e Delúbio Soares poderão ser indiciados pelos seguintes crimes: tráfico de influência, crime contra a ordem tributária, crime contra o sistema financeiro, corrupção ativa e passiva e falsidade ideológica. Todas as informações que possam levar ao indiciamento serão encaminhadas pela CPMI ao Ministério Público Federal.
As informações são da Agência Câmara.







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