CPI dos Correios investiga origem e destino de R$ 180 milhões das contas de Marcos Valério
Brasília – A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Correios investiga mais de R$ 180 milhões das contas do empresário mineiro Marcos Valério que não possuem identificação em relação a saques ou depósitos. A informação é do relatório gerencial da comissão, que analisa movimentação de 15 diferentes bancos.
Duas das oito empresas de Marcos Valério detêm o maior volume de recursos sem identificação: SMP&B Comunicação com R$ 76.458.836,91, e DNA Propaganda com R$ 65.666.304,19. O sub-relator de Finanças da CPI dos Correios, deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), informou que já foram solicitadas mais informações ao Banco Rural sobre essas movimentações. A previsão é que a resposta à CPI seja dada na próxima semana.
"Já temos cópias de alguns cheques e alguns valores, mas não temos os nomes das pessoas que fizeram os depósitos ou os saques", disse Fruet. "Fica claro que ele movimentou um volume muito maior de recursos. Fica claro que ele evita o rastreamento, usando mais de 70 contas em 9 bancos e contabilidade dele é confusa. E essa confusão é para evitar a identificação clara das origens dos recursos com o pagamento. Não há um elo entre o dinheiro que entrou nos bancos BMG e Banco Rural com o dinheiro que saiu."
As outras empresas de Valério com recursos por identificar são 2S Participações LTDA, Estratégica Marketing, Graffiti Participações LTDA, Multi-Action Entretenimentos LTDA, Tolentino & Melo Assessoria Empresarial e SMP&B São Paulo Comunicação.
Até agora, das 305.083 movimentações bancárias examinadas pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios, 178.386 ocorreram no Banco do Brasil e 72.053 no Banco Rural.
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