Diretor defende planejamento para revitalização do Taquari

O diretor do Departamento de Propriedade Intelectual e Tecnologia da Agropecuária, do Ministério da Agricultura, Helinton José Rocha, declarou há pouco que a solução para os problemas ambientais de erosão e assoreamento do rio Taquari não passa apenas por atitudes repressivas e policiais contra o desmatamento e o mau uso do solo, causados principalmente pela expansão da atividade agropecuária nas áreas de nascente. Ao participar da audiência pública da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Rocha propôs a adesão sistêmica de um planejamento estratégico regional para a revitalização do rio.
Rocha acredita ser possível reverter o processo de degradação. "Muitos países europeus já fizeram isso", comentou. "Quando se resolver essa questão, a navegabilidade do rio será recuperada e permitirá o escoamento e a recepção de produtos pelos ribeirinhos."
Fiscalização
Já o coordenador-geral de Fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Arty Coelho Fleck, ressaltou a importância da fiscalização no Taquari, situado na bacia do Alto Paraguai, no Pantanal. Ele explicou que o problema não é simplesmente estadual. "O rio é domínio da União, pois nasce no Mato Grosso e deságua no Mato Grosso do Sul."Para Fleck, a fragilidade do rio Taquari é proporcional a sua importância ecológica. "O Ibama, acima de tudo, quer garantir o sustento da população, sempre tendo como condicionante a preservação do meio ambiente", apontou.
Complexidade
Coordenador-geral do Programa Pantanal, que está suspenso pelo Ministério do Meio Ambiente, Paulo Guilherme Cabral analisou que o problema do rio Taquari é complexo. "Não há apenas uma causa. A própria natureza do terreno propicia erosão, mas a ação do homem agravou o quadro ainda mais."O Programa Pantanal passa por remodelação. Ele vai deixar de usar recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para contar apenas com o orçamento da União.
A audiência continua no plenário 6.
As informações são da Agência Câmara.