Aftosa: Falta de ação do governo pode provocar perda de mercados
Brasil precisa esclarecer imediatamente quais medidas estão sendo tomadas para blindar o foco registrado no Mato Grosso do Sul
O governo precisa agir rápido a fim de evitar perda de mercados para a carne bovina brasileira em razão do foco de febre aftosa ocorrido na cidade de Eldorado (MS).
Para o presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB) - www.srb.org.br -, João de Almeida Sampaio Filho, uma missão diplomática tem que embarcar imediatamente para União Européia (UE) e Rússia, dois dos nossos maiores compradores, para esclarecer as medidas que estão sendo tomadas para blindar o foco.
"É preciso reforçar a informação que o Brasil é um país de dimensões continentais e que um caso isolado não irá comprometer a sanidade do rebanho nacional", afirma João Sampaio. Além disso, diz, o bloqueio de outros estados ao Mato Grosso do Sul foi uma decisão acertada e que restringe a amplitude do problema.
João Sampaio conversou na tarde de ontem (10) com representantes da SRB presentes à maior feira de alimentos do mundo, a "Anuga 2005", que ocorre na cidade de Colônia (Alemanha), que manifestaram a extrema preocupação dos europeus com relação aos desdobramentos da descoberta do foco.
Segundo João Sampaio, periodicamente o governo vinha sendo alertado da fragilidade da defesa sanitária brasileira. "Mas não tomou providências e o que mais temíamos aconteceu", diz.
Soma-se a isso, ressalta o presidente da SRB, o inadmissível corte de verbas para defesa sanitária. "O governo precisa entender que a sanidade é a base da competitividade da pecuária. A cada dia que passa questões sanitárias são usadas como barreiras comerciais."
Por hora, diz João Sampaio, não só o pecuarista irá sofrer, mas todas as regiões que têm a pecuária como uma de suas principais atividades. "Haverá perda de negócios, renda e emprego. O governo terá que auxiliar o pecuarista."
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