Operação Abafa irrita Delcídio
Operação Abafa irrita Delcídio
Presidente da CPI dos Correios condena manobra petista, enquanto Lula critica denuncismo e Aldo promete agir com cautela
Num dia em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu à população “cautela” para uma epidemia de “denuncismo” que estaria se alastrando no país, o presidente da CPI dos Correios, senador Delcídio Amaral, do mesmo partido de Lula, irritou-se e ameaçou largar o cargo. Afirmou que não quer ser taxado de “abafador” de CPI e condenou duramente a manobra de parlamentares petistas e da base de apoio ao governo, que esvaziaram uma sessão para evitar que fosse votada a quebra de sigilo de seis corretoras acusadas de dar prejuízo a fundos de pensão.
A manobra para evitar a investigação seria parte de um esquema montado pelo Planalto – comandado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros – com o objetivo de esvaziar as comissões e apressar o fim dos trabalhos. Seria o melhor do mundo para o governo: extinguir as CPIs com o mínimo possível de investigação. A base de apoio de Lula argumenta que a oposição quer apenas fazer marola: estender ao máximo o funcionamento das Comissões para usá-las politicamente no período eleitoral.
No meio do fogo, e diante das denúncias de que estaria sendo montada uma operação abafa para salvar a maior parte do parlamentares envolvidos na denúncia do mensalão, o recém-eleito presidente da Câmara, Aldo Rebelo, do PCdoB, preferiu manter uma atitude cautelosa: avisa que que não pretende adotar procedimentos distintos para deputados governistas e da oposição: quer impedir a pressa excessiva “para retirar direitos”, e a procastinação para “evitar julgamentos”.
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