Ruralistas pressionam governo por combate à febre aftosa

A bancada ruralista conseguiu sensibilizar o governo para liberar recursos emergenciais a serem usados no combate ao foco de febre aftosa descoberto na região de Eldorado, em Mato Grosso do Sul. Essa foi a conclusão da reunião mantida há pouco por parlamentares ruralistas com os ministros da Fazenda e do Planejamento, Antonio Palocci e Paulo Bernardo. “O governo está empenhado em adotar essas medidas”, informou o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP).
Segundo o presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, deputado Ronaldo Caiado (PFL-GO), a bancada reivindicou dos ministros a liberação de R$ 60 milhões para a área de defesa sanitária. Eles pediram ainda a aplicação imediata de outros recursos em medidas emergenciais em Mato Grosso do Sul.
Gesto para importadores
Para Caiado, o Brasil precisa demostrar aos países que importam a carne nacional, como os integrantes da União Européia e a Rússia, que está enfrentando o problema com ações efetivas. Só nos primeiros nove meses deste ano, o País exportou 5,9 bilhões de dólares (R$ 13,24 bilhões) em carne de vários animais.
Caiado explicou ainda que os recursos emergenciais servirão, entre outras iniciativas, para a contratação de veterinários encarregados do controle da doença na fronteira do Mato Grosso do Sul. O dinheiro também será usado na organização de uma comitiva qualificada para atuar junto aos países que importam a carne brasileira.
Negociações prosseguem
Amanhã, a bancada ruralista se reunirá com o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, para definir o total de recursos necessários para as medidas emergenciais. Em seguida, Rodrigues se encontrará com o ministro Antonio Palocci para dar andamento às negociações.
Na reunião de hoje, os deputados pretendiam tratar de outros dois assuntos: a liberação de R$ 600 milhões para a comercialização da safra 2004/2005 e de outros recursos para custeio da safra 2005/2006. Com a descoberta do foco de febre aftosa, eles preferiram concentrar as reivindicações na área de defesa sanitária.
As informações são da Agência Câmara, com reportagem de Ana Raquel Macedo e edição de Rejane Oliveira.