Caso Dirceu: Freire estranha a proposta do PFL de adiar votação
O presidente do PPS, deputado Roberto Freire (PE), disse nesta tarde estranhar a proposta defendida pelo líder da Minoria, deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA) de adiar para a próxima semana a sessão marcada para hoje que votará o processo de cassação contra o deputado José Dirceu (PT-SP). “Não quero fazer juízo extrapolando, mas é muito estranho”, disse o pernambucano aos jornalistas.
Aleluia, que se sempre se posicionou como ferrenho opositor ao PT e ao governo Lula, defendeu hoje que não há necessidade de se decidir sobre a matéria "com açodamento". O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta tarde que, retirado o trecho referente ao depoimento da presidente do Banco Rural, Kátia Rabelo, do relatório do deputado Júlio Delgado (PSB-MG), o processo pode ser votado no plenário da Casa ainda hoje.
Freire chamou a atenção para os comentários de que o PFL baiano, por intermédio do senador Antonio Carlos Magalhães, estaria articulando a defesa de Dirceu. Para ele, a Casa já sofreu muitos constrangimentos com o que chamou de “idas e vindas” do processo. Ele se refere aos três adiamentos da sessão no Plenário onde será julgado o futuro político do petista.
O pepessista disse ainda ser inadmissível que um parlamentar com a liderança de Aleluia tente constranger a oposição na Casa. “É inadmissível, porque constrange inclusive a sociedade”, completou.
Freire aproveitou para comentar o episódio envolvendo o escritor Yves Hublet, de 67 anos, que atingiu com sua bengala a cabeça do deputado José Dirceu no dia de ontem. “Uma bengalada é uma simbologia de uma irritação da sociedade brasileira com essas idas e vindas”, concluiu.
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