Depoimento confirma que IRB pagou seguro renovado após incêndio

O empresário Giampaolo Bonara, diretor da Companhia de Fiação e Tecidos Guaratinguetá, de São Paulo, confirmou à sub-relatoria do Instituto de Resseguros do Brasil, da CPI dos Correios, que o seguro de sua fábrica só foi renovado oficialmente após um incêndio, em dezembro de 2003.
Ele atribuiu à burocracia e aos correios o atraso na entrega dos documentos da renovação do seguro antes do incêndio. Mesmo assim, ele aceitou um acordo proposto pelaSeguradora Aliança da Bahia e pelo Instituto de Resseguros do Brasil (IRB), recebendo cerca de R$ 16 milhões, quando teria direito a mais de R$ 18 milhões.
O sub-relator do IRB, deputado Carlos Willian (PMDB-MG), disse que o depoimento do empresário "apenas confirma uma suspeita de que existiu conluio" entre a seguradora e o IRB no pagamento irregular do seguro. O deputado acha que o empresário também participou da operação e, por isso, aceitou receber o seguro com desconto. A primeira suspeita de irregularidade foi descoberta por auditores do Tribunal de Contas da União.
As informações são da Agência Senado.