Plenário mantém mandato de Pedro Henry
Pedro Henry foi acusado pelo ex-deputado Roberto Jefferson de ser um dos responsáveis pela distribuição do "mensalão" no Partido Progressista e de oferecer compensações para que deputados trocassem de partido.
Prejuízos pessoais
Em sua defesa, Pedro Henry disse que a absolvição não garantirá a reparação dos prejuízos pessoais e políticos que ele teve durante o período de investigação. Por outro lado, a decisão o estimula a continuar na política. "Quero e preciso ser julgado pelos fatos e eles provam que sou inocente. A acusação feita pelo ex-deputado cassado por esse Plenário pretendia me arrastar para dentro do esquema do 'mensalão' sem fundamento", afirmou. "De um momento para outro, carreiras, reputações e vidas inteiras são destruídas", lamentou.
Leitura do relatório
O parecer do relator do processo no Conselho de Ética, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), foi lido pelo deputado Benedito de Lira (PP-AL). Segundo o documento, todas as provas produzidas e os depoimentos prestados na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios apontam a responsabilidade apenas dos deputados José Janene (PP-PR) e Pedro Corrêa (PP-PE) pelos pagamentos feitos ao partido com recursos das empresas de Marcos Valério Fernandes de Souza. O relatório de Sampaio foi aprovado no conselho depois que seus integrantes rejeitaram outro parecer, do deputado Orlando Fantazzini (Pol-SP), que recomendava a cassação de Pedro Henry.
Crítica
O Psol foi o principal defensor da cassação do acusado. Na discussão do tema, Orlando Fantazzini criticou o parecer aprovado pelo conselho e comparou o caso ao do ex-deputado José Dirceu. Segundo ele, o critério adotado para a cassação do ex-chefe da Casa Civil foi, paradoxalmente, o mesmo usado para a absolvição de Henry. "É impossível que Pedro Henry, líder do seu partido à época, não soubesse das articulações políticas e financeiras do PP com o PT. José Dirceu foi cassado exatamente porque se julgou que era impossível ele não saber do envolvimento do PT no caso do 'valerioduto'", afirmou.
As informações são da Agência Câmara.
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