Fontana critica irresponsabilidade da oposição
Em função de acordos fechados entre a base do governo e a oposição no Congresso Nacional, a estimativa do líder é de que a votação do Orçamento ocorra nesta terça-feira no plenário do Senado. Segundo Fontana, a iniciativa do governo de editar uma medida provisória caso o Congresso não aprove o Orçamento acabou desobstruindo as negociações em torno do assunto. "O governo não pode parar. A oposição não pode querer alterar todo o Orçamento conforme a sua vontade, é preciso haver mediação política. Se não houver consenso para a votação, a saída será editar uma MP", avaliou.
Segundo Fontana, se houver necessidade da MP, o governo contará com o apoio da população. "Tenho convicção de que teremos o apoio da maior parte da população, ninguém concorda com a paralisia do governo", disse.
Para o parlamentar, a demora na aprovação do Orçamento não trará prejuízos para o país. "Se o aprovarmos nesta semana não teremos prejuízos. Chegamos no limite do razoável no sentido de buscar uma saída. Estamos fazendo um enorme esforço para viabilizar as negociações", disse.
Acusações
Segundo Fontana, a oposição continua tentando desestabilizar o governo com base no denuncismo irresponsável. Além da obstrução na votação do Orçamento, a estratégia da oposição agora inclui ataques ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos. "A oposição quer inviabilizar a governabilidade no país. Nesse momento, tenta atingir um dos ministros mais competentes do governo Lula, o ministro Márcio Thomaz Bastos. Ele dirige a Polícia Federal há 39 meses de maneira absolutamente republicana e exemplar", comentou.
Fontana lembrou que a oposição precisa fazer uma autocrítica dos oito anos de governo Fernando Henrique Cardoso. "O governo do PSDB e do PFL foi quem entregou o Brasil à beira do precipício após um governo de oito anos. Na época, o chamado risco Brasil era de 2.400 pontos, o dólar valia cerca de R$ 4, a inflação prevista para 2003 era em torno de 25% e a taxa de Selic estava em 25%", frisou o líder do PT.
Fontana lembrou que o Brasil hoje tem o menor risco da história do país (ao redor de 240 pontos), a taxa de juros caiu para a faixa de 16%, o dólar tem uma cotação real em torno de R$ 2,2, as reservas do país quadruplicaram e as exportações dobraram.
Segundo Fontana, supor que a gestão econômica do governo Lula possa se tornar irresponsável em função das eleições não condiz com a realidade. "Esta hipótese não encontra base na realidade, até porque, nós pretendemos governar o país por esses oito meses que restam e por mais quatro anos. Somos os maiores interessados em manter a estrutura do Brasil com o grau de estabilidade que ela tem hoje. Os 39 meses de governo Lula garantiram ao Brasil uma política econômica com um grau de estabilidade nunca visto durante o governo de FHC", disse.
Agência Informes (www.informes.org.br)
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