Lula deve liberar R$100 mi para MS, diz Delcídio
O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) dá entrevista ao vivo à Rádio Independente, ao chegar a Aquidauana, na tarde do sábado (27); depois do encontro regional do PT, gravou nova entrevista para o blog
Durante a sua visita a Aquidauana, a 135 quilômetros a oeste de Campo Grande, onde participou do Encontro Regional do Partido dos Trabalhadores, o senador licenciado Delcídio do Amaral (PT-MS), deu entrevista exclusiva ao blog, à Rádio Independente e ao site Pantanal News.
Depois de ter participado de uma extensa programação em Nova Andradina, Delcídio do Amaral chegou atrasado a Aquidauana. O encontro do PT, previsto para ser iniciado às 14 horas, começou às 16 horas.
O senador, que presidiu a CPMI dos Correios, em Brasília, foi muito aplaudido e cumprimentado pelos militantes e convidados presentes ao Encontro Regional do PT, realizado na Câmara de Aquidauana.
Leia abaixo a entrevista que fiz com o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), depois do Encontro:
Armando Anache - Senador Delcídio, como o senhor analisa esse Encontro Regional do PT?
Senador Delcídio do Amaral - Eu acho que é um movimento muito importante. Aqui, nós estávamos com militantes e lideranças de vários municípos da região e isso é uma demonstração de força, demonstração de que a campanha 'tá pegando'. Nós estamos começando a avançar, reconquistando aquela emoção, aquela fé e, para mim, foi uma alegria muito grande estar aqui e, especialmente, em Aquidauana, uma cidade que eu respeito muito e quero bem.
Armando - O senhor falou, no seu discurso aqui na Câmara, que o seu adversário [na disputa pelo Governo de Mato Grosso do Sul, o ex-prefeito de Campo Grande, André Puccinelli (PMDB)] estava 'flanando' e que, agora, o senhor começa a percorrer o estado e as coisas vão se modificando. Como é que isso?
Senador Delcídio - Ele tava solto, né? Ele tava andando e eu tinha que dar essa resposta que demos, atarvés da CPMI dos Correios, à sociedade brasileira. Só que, agora, eu tenho tempo, eu me licenciei [do Senado], o senador Antonio João Hugo Rodrigues assumiu, durante 120 dias, o Senado e eu, agora, como dizem as Frenéticas, eu tô livre, leve e solto pra fazer política e os reflexos já tão aparecendo, pois a diferença [dos índices das pesquisas eleitorais, entre Delcídio e seu adversário, André Puccinelli] está caindo dia a dia.
Armando - O senhor acredita que essa diferença deverá diminuir daqui para a frente, com a sua chegada às ruas?
Senador Delcídio - Eu não tenho dúvida nenhuma. Não só com o trabalho do PT, um mito mais do que nunca; e hoje [sábado, 27] nós fizemos uma demonstração clara da união do partido, como também dos aliados. Não há dúvida e nós temos a absoluta convicção de que, até o dia 30 de junho, esses números mudam ainda mais e nós vamos encarar essas eleições de uma maneira muito competitiva.
Divulgação/Assessoria senador Delcídio do Amaral
Armando - Como está o presidente Lula em relação ao senhor, que está licenciado do Senado, mas continua fazendo contatos em Brasília, com o objetivo de trazer verbas para Mato Grosso do Sul?
Senador Delcídio - Muito bem. Eu tive, inclusive, com o presidente Lula, nessa semana, conversei longamente com ele; como tenho conversado sistematicamente ... é, é, é ... ele sabe das dificuldades que nós tamos enfrentando. Essa semana nós devemos anunciar lá, já, a liberação de 90 a 100 milhões de reais para Mato Grosso do Sul. Isso vai aliviar bastante, principalmente, a situação financeira do estado; e nós temos outros pleitos que tamos trabalhando e eu, procurando usar o bom trânsito que tenho no Governo Federal, para ajudar o meu estado. E eu não tenho dúvida nenhuma, nós vamos ter sucesso nisso.
Armando - O senhor disse, no seu discurso em Aquidauana [na tarde do sábado (27)] que o presidente Lula, antes do início da CPMI dos Correios, recomendou que o senhor fosse honesto, isento, e mostrasse o que tivesse que ser mostrado à sociedade. Como é que fica agora, depois de tudo o que aconteceu na CPMI dos Correios, a sua candidatura ao governo de Mato Grosso do Sul? Comenta-se que o presidente Lula teria ficado chateado com o senhor e, atmbém, alguns setores do PT. Existe isso, senador Delcídio do Amaral?
Senador Delcídio - Não, setores do PT é ... Provavelmente... Circunscritos ao PT nacional e, e ... talvez ficaram insatisfeitos porque deram uma escorregada, montaram uma estratégia errada para discutir o relatório final da CPMI dos Correios. Depois tentaram corrigir. E corrigir da pior maneira possível, quando a oposição tinha maioria na CPMI para votar qualquer coisa. E é importante registrar, e isso ... essa oportunidade que você tá me dando é excepcional. O primeiro voto em separado, que seria colocado em votação, era o indiciamento do presidente Lula. Você imagina se eu, naquele momento, afrouxasse ou não controlasse, efetivamente, dentro do regimento, a aprovação do relatório. A oposição iria incluir, no relatório, o indiciamento do presidente Lula, e isso levaria ao "impeachment". Você imagina a inconseqüência, quer dizer, dos atos que tavam sendo propostos naquela ocasião e, graças a Deus, Deus me iluminou e eu tive a lucidez suficiente pra fechar o relatório, concluir a CPMI, concluir com sucesso.
Armando - O senhor disse nesta tarde de sábado (27) que a CPMI dos Correios proporcionou uma grande exposição sua na mídia. Agora mesmo, gravando esta entrevista, eu vejo pessoas ao nosso lado, pedindo autógrafos ao senhor. Como é que está sendo a convivência com essa nova situação, senador?
Senador Delcídio - As pessoas têm sido muito carinhosas comigo. Têm sido em todos os estados do Brasil. E até por causa dessa minha visibilidade, as pessoas querem tirar fotografias; vêm e beijam, pedem autógrafos; então é muito legal e a gente vê que nós fizemos um trabalho que é reconhecido hoje pela sociedade brasileira e isso me envaidece muito e eu fico muito feliz de ter chegado nessa situação, diante de acontecimentos graves e que, normalmente, sempre levam as suas principais lideranças, ou o presidente ou o relator da CPMI, a situações de constragimento e de, acima de tudo, desgaste político; o que não aconteceu no meu caso e nem do deputado [federal] Osmar Serraglio [relator da CPMI dos Correios (PMDB-PR)].
Armando - O senhor ressaltou no seu discurso aqui em Aquidauana, neste fim de semana, que essa campanha será a do debate e não da baixaria. Como será isso?
Senador Delcídio - Projeto. Quer dizer, o que é que cada um vai apresentar para melhorar a vida de cada cidadão sul-mato-grossense. E hoje a população tem um sendo crítico grande e não vai admitir bravata, conversa mole. Vai querer saber o seguinte: Como cada candidato, ou o que cada candidato pretende fazer para melhorar e para construir o futuro de cada cidadão sul-mato-grossense.
Armando - Obrigado, senador.
Senador Delcídio - Um abraço.
A assessoria do senador Delcídio do Amaral informa que hoje, às 10 horas, ele participará do lançamento do Programa Luz para Todos no Assentamento Itamaraty, em Ponta Porã, na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai. Ali, a parceria entre o governo federal, o governo do estado e a Enersul vai levar energia a 462 famílias de ex-trabalhadores rurais sem terra que agora estão produzindo alimentos para sua subsistência.
Comentário do blog: Ouça a entrevista completa que fiz com o senador Delcídio do Amaral, nos programas "Rancho Alegre", das 6 às 7 horas; e "Armando Anache", das 8h05 às 10h15; na segunda-feira (29), nos 1.020kHz da Rádio Independente, a mais potente das regiões sudoeste e do Pantanal de Mato Grosso do Sul, com 10kW.
Gostaria de explicar, ainda, que algumas fotos que publico aqui no blog, feitas com os entrevistados, têm a minha presença no quadro. Isso não é usado em jornalismo impresso nos jornais, por exemplo. Mas aqui no blog vale publicar a foto do entrevistado com o entrevistador. Também vale reportagem narrativa, ou em "pirâmide invertida" etc.
No blog pode tudo. Menos baixaria, claro! Afinal, sou jornalista e tenho um Código de Ética que deve ser respeitado.
Mas, sinceramente, acho que a foto serve para comprovar que eu estava lá, naquele local, naquela hora, com o entrevistado falando, muitas vezes, ao vivo, na Rádio Independente e, ao mesmo tempo, dando declarações para este simples blog e também para o site que edito, o Pantanal News.
Neste século XXI, repito mais uma vez, o jornalista, o repórter, tem que ser um verdadeiro "provedor de conteúdo". Não interessa para qual ou quais veículos de comunicação. Li sobre isso, pela primeira vez, num excelente livro sobre comunicação de massa que comprei anos atrás na minha querida PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro), que visito todos os fins de ano, para rever amigos (as) e professores (as).
Há que se conjugar o "verbo T.V.". Não sabe o que é? É o famoso "Te Vira, malandro!!"
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