Funcionários do hospital mantêm greve e fazem passeata
A greve dos 120 funcionários Hospital da Cidade de Aquidauana (Doutor Estácio Muniz), 135 quilômetros a oeste de Campo Grande, continua hoje.
O movimento começou ao meio-dia do domingo (26). A representante dos funcionários, Paula Gomes Trindade, disse há pouco no Programa Armando Anache, na rádio Independente, que "não foi feito, até agora, nenhum aceno para uma negociação entre as partes envolvidas no problema da falta de pagamento dos salários de setembro e outubro, além de novembro, que já chega ao fim."
"O momento não é para brigas entre grupos políticos ou de pessoas, precisamos buscar uma solução para que o hospital não feche, definitivamente, as portas", disse Paula Trindade.
Questionada sobre a informação que acabava de levar ao ar, para milhares de ouvintes em toda a região, sobre a possibilidade de fechamento do hospital, Paula Trindade respondeu que "é isso mesmo, o hospital poderá ter as portas fechadas para sempre; a direção afirma que não há dinheiro e, portanto, nenhuma solução é vislumbrada neste momento."
A representante do hospital comentou que, na sessão de ontem (28) à tarde, na Câmara de Vereadores de Aquidauana, a secretária de Saúde, médica Viviane Nogueira, disse que a prefeitura não tem dinheiro próprio para repassar ao hospital.
Lembrei que, na entrevista concedida a mim, no sábado (25), o prefeito Felipe Orro (PDT) disse que só enviaria dinheiro "novo" ao hospital caso pudesse participar da administração da instituição, fiscalizando a aplicação dos recursos.
Paula Trindade garantiu que essa posição já foi aceita tanto pela direção quanto pelos funcionários do hospital, "em maio deste ano, quando foi realizada uma audiência pública na Câmara de Aquidauana, a direção do hospital disse não ter nenhuma resistência no tocante à participação da prefeitura na administração da entidade filantrópica; o mesmo ocorre com os funcionários, que só querem receber os seus salários e voltar ao trabalho diário."
Ela garantiu que o movimento grevista não é feito por "baderneiros", como algumas pessoas têm comentado na cidade. "A greve é pacífica e feita por trabalhadores que só desejam receber seus salários atrasados", garante Paula Trindade.
Hoje, às 16h, haverá uma passeata que sairá da frente do hospital e seguirá com os funcionários até o Centro de Aquidauana.
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