Hospital de Aquidauana: Prefeitura não repassa dinheiro e greve continua, diz Paula Trindade
Paula Gomes Trindade disse que a greve continua até que haja uma solução para os problemas que afligem a instituição filantrópica. "Os salários de setembro e outubro ainda não foram pagos aos funcionários e já estamos terminando novembro; não pretendemos polemizar nem atacar esta ou aquela pessoa, mas buscamos soluções para estes proiblemas, que são antigos", disse a líder da categoria.
Ela disse que a prefeitura de Aquidauana - ao contrário do que foi dito pelo prefeito Felipe Orro (PDT) no sábado (25) - não repassa dinheiro próprio ao hospital da cidade. "O repasse que é feito é o do SUS (Sistema Único de Saúde), que vem do governo federal para a prefeitura e pode ser visto na página do Fundo Nacional de Saúde, disponível na internet; portanto não há dinheiro público de Aquidauana no hospital, que até aceitaria outras formas de contribuição como, por exemplo: Poderia ser doada carne para a cozinha que prepara a comida das pessoas internadas", disse Paula Trindade.
Para ela - que informou ter ouvido toda a entrevista ao vivo concedida pelo prefeito Felipe Orro no sábado (25), na rádio Independente -, também não existe a diminuição do número de leitos disponíveis no hospital. "O que acontece é uma reforma aqui no hospital, em razão de uma emenda no orçamento do estado, conseguida pelo deputado federal Antonio Cruz (PTB-MS); por isso foi diminuído o número de leitos temporariamente, enquanto prosseguem as obras internas", declarou Paula Trindade.
A ouvinte Maria de Lourdes, da Vila Cidade Nova, telefonou para (67) 3241-2902 e perguntou por que o hospital nunca consegue pagar todas as suas dívidas, permanecendo sempre deficitário. Paula Gomes Trindade explicou que representa os funcionários, e não a direção da entidade. No entanto, disse que poderiam ser feitas reuniões, com a participação do povo e das autoridades do município, para que sejam encontradas soluções para o caso citado. Paula Trindade lembrou que "os repasses do SUS estão sempre abaixo das reais necessidades do hospital e, sempre nesses casos, a diferença de pagamento é coberta pela instituição; o que contribui para que ela permaneça no vermelho, com déficit."
O ouvinte Roberto Gomes Candia, do Bairro Alto, telefonou perguntando por que não são usadas apenas pessoas voluntárias para administrar o hospital. Paula Gomes Trindade disse que essa é uma boa idéia, mas não cabe a ela tomar essa decisão, pois uma intervenção no hospital teria que tomada pelas autoridades. Eu lembrei que, nesse caso, teria que haver, ainda, o embasamento legal para a intervenção na instituição filantrópica, que é uma entidade privada.
Paula Gomes Trindade informou que o hospital de Aquidauana tem dois técnicos para 20 leitos, quando o ideal é ter dois leitos para um técnico atender. Por isso, ela acredita que o número de 120 funcionários não pode ser considerado exagerado. Questionada por mim, Paula respondeu que o salário médio dos funcionários é de R$400,00, "variando conforme a função de cada um e ressaltando que médicos e médicas ganham mais do que essa média salarial."
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