A política é dinâmica e o amor é lindo

Marcos Quinhonez/Prefeitura Aquidauana

Nesta manhã de segunda-feira, dois de abril - e parece até que era mentira, mas o Dia da Mentira foi ontem (1.º) -, quando cheguei à Lagoa Comprida com o carro de reportagem da rádio Independente (o "Vermelhinho) e Portal Pantanal News, vi e comprovei como a política, realmente, é muito mais dinâmica do que "possa supor nossa vã filosofia".
Lado a lado e sorridentes estavam: O chefe de gabinete do prefeito de Aquidauana, Felipe Orro, o simpático e sempre gentil Mario Nelson Argerin - que se destaca por ser, sempre e em todas as mais adversas situações, um "gentleman" - e o vereador primeiro-secretário da Câmara, Iran Rezende. Este, até alguns dias atrás, só se referia ao chefe de gabinete do prefeito como o "Passa Amanhã", ou seja, aquele auxiliar que nada resolvia na ante-sala de Felipe Orro (PDT) e que a todos que o procuravam respondia com um simpático "Volte amanhã" ou "Passa Depois".
Na Tribuna da Câmara, Iran Rezende exigia mudanças na equipe do prefeito Orro e, todas as semanas - eu próprio presenciei várias vezes - afirmava que a Vila Dona Nenê não podia mais continuar convivendo com tantos buracos nas ruas que um dia foram asfaltadas.
Hoje de manhã, as máquinas da prefeitura foram para a Vila Nenê. O chefe de gabinete Mario Nelson Argerin representou Felipe Orro, que está em outra cidade, onde recebe um prêmio por ter sido escolhido um dos 100 melhores prefeitos do Brasil.
Também estava junto à equipe do prefeito Orro, na concentração de homens e máquinas na Lagoa Comprida, a aprtir das 8h - antes do comboio seguir para a Vila Dona Nenê -, o empresário e desportista e presidente da FEMA (Fundação de Esportes do Município de Aquidauana), João Garcia. Ele é o pai do atual presidente da Câmara, Terly Garcia. Meses atrás, quando houve a eleição da nova Mesa Diretora da Câmara, para o biênio 2007/2008, Garcia pai disse que o resultado - com a formação do G5 e a escolha do seu filho Terly para presidir a Mesa - disse, ao vivo pelo telefone, em entrevista à rádio Independente, que tudo era "uma resposta, um 'troco' ao prefeito Felipe Orro, ao Natal e ao então presidente da Câmara, Moacir Pereira; que não cumpriram o que haviam prometido a mim e ao meu filho, o mais votado para vereador em 2004."
João Garcia permanece na FEMA, mesmo depois da reforma administrativa promovida por Felipe Orro. Seu filho, o presidente da Câmara, já aparece sorridente em fotos ao lado do prefeito Orro. As divergências, certamente, já são coisas do passado.
Por falar em passado, comenta-se na cidade que o vereador Iran Rezende já conseguiu nomar, novamente, a sua irmã. Ou será a mulher? Ela está num cargo de destaque numa das escolas municipais.
Além disso, os seus pedidos feitos por indicações ou requerimentos, no Plenário da Câmara, não tem mais o destino daqueles da oposição, ou seja, o lixo.
Prova disso são as máquinas, nesta manhã, trabalhando a todo vapor na Vila Dona Nenê. Que bom que o povo de lá foi lembrado, depois de tantos e tantos anos de abandono.
Ontem (1.°), Dia da Mentira, conversei com um amigo ligado à política de Aquidauana, Anastácio, Porto Murtinho e Mato Grosso do Sul. Considerado uma cria política do deputado Roberto Orro, em Campo Grande, este amigo me disse que "os vereadores Sebastiãozinho do Taboco e Iran Rezende e outros que atacaram a mim e ao prefeito Felipe Orro terão 'certa' dificuldade para a reeleição no ano que vem, pois o 'auxílio' que tiveram em anos anteriores não aparecerá novamente."
Assim segue a política na Princesa do Sul. Quem te viu quem te vê. Nada como um dia depois do outro. Afinal, como diz o título deste artigo/reportagem: A política é dinâmica e o amor é lindo.
No entanto, tudo leva a crer que tem gente muito podero$a que não admite traiçõe$ nem ataques pessoais. Muito menos quando envolvem dinheiro, mulheres e esposas. Em casos polêmicos e apaixonantes como alguns, ocorridos desde a eleição da nova Mesa Diretora da Câmara, o consenso (Segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa: concordância ou uniformidade de opiniões, pensamentos, sentimentos, crenças etc., da maioria ou da totalidade de membros de uma coletividade) fica muito mais difícil de ser alcançado.
Estamos apenas em abril. Quem sabe, até dezembro, com o clima natalino tomando conta de todos os corações, as coisas mudem novamente neste Pantanal Sul.
Vamos aguardar o Natal. Com a chegada dele, muitas posições incociliáveis acabam chegando a um denominador comum.
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