Lula sabia de esquema de corrupção, afirma Arthur Virgílio

O blog publica notícia da Agência Senado, com foto de J. Freitas, que informa que o senador Arthur Virgílio Neto (PSDB-AM) disse, em discurso no Plenário, nesta segunda-feira (25), que o PT havia montado um esquema de corrupção que visava a manutenção do partido no poder por duas décadas. Ele disse ter a impressão de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sabia de tudo e tinha "consciência clara" de que estava em andamento um grande projeto de arrecadação para perpetuação do partido no poder.
Arthur Virgílio disse que o comportamento "atropelado e acuado" do presidente "é o de quem teme algo que ainda não foi publicado nas revistas e jornais". Ele também condenou o fato de o presidente "agir como líder sindical e fingir que ainda consegue mobilizar massas".
O senador citou matéria do jornal O Estado de S. Paulo, em que a jornalista Vera Rosa afirma que Lula está buscando a blindagem errada.
- Não somos nós, da oposição, nem os metalúrgicos, nem os cegonheiros, os responsáveis pela corrupção. Lula adulou os corruptos e só mandou alguns deles embora diante dos fatos - disse, aconselhando Lula a se afastar "dessa política suicida" e do que chamou de "rede de corrupção".
Arthur Virgílio classificou como leviana a atitude do presidente de investir sua ira contra as elites e disse que o pensamento predominante entre os brasileiros é de que se apurem os fatos "à exaustão". Ele ressaltou que ninguém conspira para tirar Lula do cargo, reafirmando que a oposição não tem a intenção de pedir o impeachment do presidente, há menos que haja motivos para tal, "pois a oposição não tem o compromisso de manter um presidente corrupto".
O senador disse que o PSDB está pronto para discutir uma agenda mínima que garanta a governabilidade do país, desde que a verdade seja dita e que o governo "pare de inventar desculpas". Arthur Virgílio foi aparteado por Sibá Machado (PT-AC), para quem o conjunto do PT desconhecia esses fatos, e por Ramez Tebet (PMDB-MS), que elogiou a atuação do senador contra o que chamou de "tragédia moral".