O Globo : Deputados na boca do caixa
Em breve, saberemos os nomes das pessoas do mundo político que freqüentavam a simpática agência do Banco Rural, na Avenida Afonso Pena, em Campo Grande, MS :
Deputados na boca do caixa
Bernardo de la Peña, Gerson Camarottie, Ilimar Franco
BRASÍLIA - A quebra do sigilo bancário de empresas de Marcos Valério Fernandes de Souza, acusado de ser o operador do mensalão, revelou ontem aos integrantes da CPI dos Correios que o dinheiro que jorrou das contas das agências de publicidade SMP&B e DNA no Banco Rural irrigou diversos partidos aliados do governo no Congresso. Com a análise inicial de 20% dos documentos de apenas uma das contas de Valério, ficou comprovado que deputados, dirigentes ou assessores de PT, PP, PL e até do PTB do deputado Roberto Jefferson (RJ), autor da denúncia de pagamento a políticos aliados, receberam dinheiro. Às 22h, a CPI já tinha identificado 38 nomes envolvidos com saques nas contas das duas agências que somam R$ 25 milhões. Seriam R$ 20,6 milhões retirados da SMP&B e R$ 4,4 milhões da DNA. Com a abertura de apenas parte das caixas de documentos recebidas do Rural — as que chegaram do Banco do Brasil ainda estavam fechadas — a CPI já encontrou dezenas de saques feitos diretamente por dois deputados, Carlos Rodrigues (PL-RJ) e Josias Gomes da Silva (PT-BA), e por assessores ou parentes de outros quatro deputados: os líderes do PT, Paulo Rocha (PA), e do PP, José Janene (PR), do ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP) e do deputado Paulo Delgado (PT-SP).
Até assessora do líder do PT recebeu
Documentos obtidos pelo GLOBO comprovam que a a mulher de João Paulo, a jornalista Márcia Regina Milanesi Cunha, fez pelo menos uma retirada de R$ 50 mil em dinheiro na agência do Rural em Brasília. O saque foi realizado em 4 de setembro de 2003, no mesmo período em que a SMP&B disputava licitação na Câmara durante a gestão de João Paulo. A agenda de Fernanda Karina Somaggio, ex-secretária de Valério, registra três encontros do publicitário com João Paulo em setembro e outubro de 2003. Em 3 de setembro, véspera do saque, Valério tomou café da manhã com o então presidente da Câmara na residência oficial, em Brasília. No dia 15 foi publicado edital para a contratação de agência de publicidade pela Câmara.
Saques perto do troca-troca
Saques feitos num carro-forte no Banco Rural, nos dias 6 de outubro (R$ 800 mil) e 7 de outubro (R$ 650 mil), aconteceram no mesmo período em que houve intenso troca-troca de deputados de partidos.
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