Delcídio diz que na próxima semana será uma espécie de "boy de luxo"
O presidente da CPI dos Correios, Delcídio Amaral (PT-MS), afirmou nesta sexta-feira que a partir da próxima semana deverá se tornar "uma espécie de boy de luxo". Isto porque ele estará "concentrado somente em investigações", trabalhando com os documentos recebidos pela comissão. A permanência nessas investigações, segundo ele, será pelo período de duas a três semanas. Para acompanhar as ações de rotina da CPI em seu lugar, a CPI elegeu ontem um novo vice-presidente, o deputado Asdrúbal Bentes (PMDB-PA), em substituição ao senador Maguito Vilela (PMDB-GO), que se licenciou."Durante duas a três semanas, vou ser uma espécie de boy de luxo. Faltou documento? Alguém não entregou? Eu vou lá no Banco do Brasil, vou nos Correios, no TCU [Tribunal de Contas da União], na Anatel, nas companhias de telefonias. Eu vou agora zelar pelas informações para que a gente encerre essas investigações", disse. Segundo o presidente da CPI, nesta quinta-feira também foi acertado com todos os parlamentares a agenda da CPI de quase quatro semanas.
Palocci
Sobre a reunião que teve com o ministro da Fazenda Antonio Palocci, o senador reafirmou apenas que conversou com Palocci sobre o diálogo do governo com o Congresso das convocações simultâneas que têm ocorrido entre as CPIs. "Em função de algumas convocações que foram feitas, daqui a pouco, nós vamos discutir as empresas de telecomunicações e a privatização. Quer dizer, um assunto que já foi levantado volta à tona e isso para o mercado, para a economia do país é uma coisa negativa, ainda mais num momento como esse", avaliou.
Fundos de pensão
Já sobre a quebra dos sigilos bancários de 10 fundos de pensão aprovados nesta semana, o presidente da CPI fez questão de reiterar que "foi feita uma quebra de sigilo qualificado, justamente com a intenção de se verificar as origens" dos investimentos feitos nos bancos BMG e Rural. Os congressistas querem investigar se os fundos Previ, Real Grandeza, Postalis, Centrus, Serpros, Portus, Eletros realizaram algum investimento nos bancos Rural e BMG como um forma de recompensa pelos empréstimos concedidos pelas instituições às empresas do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza e depois repassados ao PT. O deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA) considera ainda que existem suspeitas de que a movimentação financeira dos fundos no BMG e no Rural teriam o objetivo de averiguar a participação nas operações de 'esquenta esfria' --tornar legais recursos não contabilizados-- na movimentação do "valerioduto". Delcídio disse que as primeiras informações sobre os fundos podem surgir até o início do mês de setembro. "Ontem, eu estive reunido com o secretário da Previdência Complementar e ele ficou de nos fornecer essas informações em títulos públicos até o final da semana que vem". Ele ainda detalhou que a intenção da quebra dos sigilos bancários dos 10 fundos de pensão é poder contemplar de uma maneira mais ampla as operações realizadas. "Os fundos de pensão podiam ser uma das fontes onde não só você poderia vir a operar esse sistema de distribuição de recursos das empresas ou das instituições financeiras que trabalhavam com as empresas do senhor Marcos Valério, como também essas aplicações poderiam, de alguma maneira, até compensar os empréstimos que foram realizados".
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