Funcionária da Presidência usou notas fiscais frias para justificar saques no cartão corporativo
O GloboBRASÍLIA - Ao analisar cerca de 50 notas fiscais de despesas pagas com cartões corporativos apresentadas pela Presidência da República ao Tribunal de Contas da União (TCU), o gabinete do senador Álvaro Dias (PSDB-PR) identificou pelo menos quatro notas fiscais frias usadas para justificar saques em dinheiro feitos nos cartões. As notas comprovam despesas com a compra de cartuchos para impressora de computador e foram emitidas pela empresa FR Comércio Serviço e Representação Ltda, localizada na cidade de São Sebastião, entorno do Distrito Federal, no valor total de R$ 2.966. As notas são datadas de março a junho de 2004. No registro da Receita Federal, a empresa aparece como comércio de alimentos. O proprietário, Francisco Ramalho, admitiu em conversas com a assessoria do senador que não vendeu cartuchos de impressora para a Presidência, apenas forneceu a nota fiscal para uma pessoa chamada Edmilson, que teria vendido os cartuchos, mas não quis dar mais informações sobre o vendedor. As notas aparecem na prestação de contas da funcionária Maria da Penha Pires, que nos meses de junho e julho fez saques em dinheiro com o cartão corporativo no valor de R$ 16.480. Maria da Penha está entre os 36 funcionários da Presidência que utilizam o cartão corporativo para pagamento de pequenas despesas e gastos emergenciais. - É uma amostragem reduzida, mas apresenta indícios de irregularidades. É preciso investigar se não há uma fábrica de notas fiscais frias para justificar os saques em dinheiro nesses cartões - disse o senador Álvaro Dias. O uso do cartão corporativo pela Presidência da República está sendo investigado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que na quarta-feira aprovou ampla auditoria na Casa Civil e na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para verificar a comprovação desses gastos. De janeiro a junho de 2005, a Presidência gastou R$ 4 milhões através do cartão.
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