Izar afirma em nota que há 'provas cabais' de retiradas

A Agência Câmara informa que o presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), afirma que existem "provas cabais, e não meros indícios", de que alguns parlamentares receberam pagamentos e fizeram retiradas irregulares de dinheiro das empresas de Marcos Valério Fernandes de Souza. A afirmação é feita em nota de esclarecimento sobre matéria do jornal Folha de S.Paulo de hoje, que atribui a Izar a opinião de que a tese do "mensalão" será rejeitada. "Esclareço ao povo brasileiro que minha posição junto à Câmara e ao conselho é a de magistrado, e essa condição me impede de externar minha opinião".
Retiradas cíclicas
Na nota, o deputado lembra que algumas retiradas de dinheiro por parlamentares foram cíclicas, o que representa um indício forte de que poderia existir um esquema de pagamento sistemático a deputados da base aliada. "Creio que nunca se poderá provar que seriam mensais e que envolveriam todos os investigados", pondera. "Para isso, teríamos que contar com a confissão individualizada de cada parlamentar beneficiado, o que certamente não vai acontecer". Izar desmente ter em algum momento usado a expressão "tese do mensalão" ou afirmado que ela seria derrubada. "Os fatos até aqui apurados falam por si sós, pela sua generalidade e eloqüência", afirma. "Acredito que o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar fará o seu papel com serenidade, equilíbrio e senso de justiça, não decepcionando as expectativas da opinião pública brasileira".
Relatório sobre cassação
O conselho vai se reunir daqui a pouco para a leitura do voto do deputado Jairo Carneiro (PFL-BA), relator da representação contra o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ).
A reunião começa às 18h30 (17h30 no Pantanal Sul).

Comentário do blog: Permaneço ligado à Brasília, or meio da Rede Jovem Pan Sat, que ouço por meio da Rádio Independente. O deputado Chico Alencar termina a sua entrevista ao repórter José Maria Trindade e entra na sala onde se reúne a Comissão de Ética da Câmara, da qual ele é integrante.