Chapa "Unidade para vencer" denuncia tentativa de fraude na eleição do PT em Campo Grande
A chapa Unidade Para Vencer, que disputa as eleições para os diretórios regional e municipais do Partido dos Trabalhadores em Mato Grosso do Sul, registrou na tarde deste domingo um boletim de ocorrência na polícia por causa da apreensão de dezenas de recibos de quitação da anuidade dos filiados previamente preenchidos, o que pode indicar tentativa de fraude no processo eleitoral. Parte dos recibos foi apreendida no sábado em um hotel da capital e o restante nos locais de votação, na Escola Hércules Maymone. Todos estão assinados pelo tesoureiro do diretório municipal do PT de Campo Grande, Rômulo da Luz Silva.
- Essa é uma grave irregularidade que coloca sob suspeição a eleição do PT em Campo Grande e compromete a lisura do pleito. O recibo só pode ser emitido no momento em que se paga a anuidade e deve conter, obrigatoriamente, o nome do filiado, atestando que ele está em dia com suas obrigações partidárias e pode votar.
Dirigentes do partido, que chegam ao local de votação com dezenas de recibos quitados e com o nome do filiado em branco é, no mínimo, suspeito – afirmou Saulo Monteiro, candidato a presidente regional do PT pela chapa Unidade para Vencer. Em Campo Grande, a candidata ao diretório municipal é a professora Elza Jorge.
Além de encontrar os recibos previamente preenchidos, a chapa Unidade para Vencer recebeu informações de que militantes inadimplentes do partido receberam em casa recibos de quitação da anuidade entregues por componentes da chapa Socialismo e Democracia, que exigiram dos beneficiados o compromisso de voto em Mariano Cabrera , para o diretório estadual , e Thaís Helena para o municipal. A denúncia, feita por escrito pela filiada Heloísa Azevedo Schipfer, também foi encaminhada a polícia.
Além de registrar queixa na polícia, a chapa Unidade para Vencer encaminhou representação à comissão eleitoral do PT, pedindo a investigação da origem dos recibos e protestando contra a desorganização nos locais de votação, e da colocação de uma urna paralela, onde se votava em separado.
- A confusão na Escola Hércules Maymone era tão grande que muitas pessoas chegaram ao local de votação e não encontravam o nome na lista. Aí ficavam rodando de seção em seção, perdiam um tempo enorme e acabavam desistindo de votar por causa da desordem. Isso suscita uma dúvida: será que essa desorganização não foi intencional ? – questionou Saulo Monteiro.
O candidato da Unidade para Vencer disse que vai se reunir nesta segunda-feira com representantes de outras chapas para examinar novas providências em relação as irregularidades constatadas em Campo Grande. Entre as medidas em estudo está uma ação judicial pedindo a anulação da eleição em Campo Grande e a anulação da urna onde se votou em separado.
Fonte: Cadu Bortolot, da assessoria do senador Delcídio Amaral.
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home