Depoimento de Gushiken é adiado e semana será dedicada à análise de documentos
Quanto ao adiamento da convocação de Gushiken, Serraglio comentou que será benéfico.
- A própria oitiva do ex-ministro Gushiken, quanto mais a postergarmos, mais proficiente será porque teremos condições de avançar nas análises dos documentos. Uma coisa é você perguntar ao ministro a partir de notícias divulgadas ou de algum depoimento esparso. Outra é ter a análise - que ainda não temos - dos contratos de publicidade e das operações, como se realizaram, como os editais foram emitidos - disse.
Serraglio acrescentou que o depoimento pode ser marcado para a semana seguinte, que teria, assim, dois depoimentos em vez de um, como agendado inicialmente (Daniel Dantas, do Opportunity, está convocado para o dia 14). O deputado também afirmou acreditar nas investigações sobre as denúncias de corrupção que já estão sendo feitas por órgãos como o Tribunal de Contas da União, o Ministério Público e a Controladoria Geral da União.
- Está havendo, sim, um avanço, mas é muita coisa, nós estamos devassando o país, é quase uma operação mãos-limpas. O que vale é que a população já percebeu mudanças radicais, ainda que sejam não em relação a levantamentos, mas ao que elas ocasionaram - completou.
O presidente da CPI adiantou que em 15 dias a comissão deve divulgar mais um relatório parcial.
- A CPI entra agora numa nova fase, menos política e mais técnica, principalmente na busca das origens dos recursos e na análise de contratos - destacou Delcídio, que anunciou a contratação de uma empresa de consultoria para auxiliar os parlamentares nos trabalhos de investigação.
O senador acrescentou que as CPIs vão trabalhar muito esta semana, "só que longe dos holofotes". Além da análise dos documentos, a comissão que investiga casos de corrupção nos Correios deverá preparar a agenda para este mês.
As CPIs dos Bingos e do Mensalão também estão sem reuniões agendadas para a Semana da Pátria, que deverá ser destinada a acelerar o exame de documentos que já estão de posse dos parlamentares, como informaram as secretarias das duas CPIs.
Conselho de Ética
O relator Osmar Serraglio afirmou que é preciso dar um prazo para o presidente da Câmara, deputado Severino Cavalcanti, tomar as providências sobre o envio do pedido de cassação dos 18 deputados envolvidos com o mensalão ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara. O pedido foi aprovado na quinta-feira (1) em relatório conjunto das CPIs dos Correios e do Mensalão.
- Mas um prazo no limite do necessário para que tome as providências e que fique claro que não está postergando - disse.
Serraglio acredita que o envio dos pedidos de cassação pela Mesa Diretora da Câmara tem mais peso político, e que só se houvesse demora, por parte do presidente da Casa, no encaminhamento da documentação ao Conselho de Ética é que os partidos deveriam encampar o pedido.
As informações e a foto, de arquivo, são da Agência Senado.
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