Renan terá reunião amanhã com presidentes e relatores das CPIs
- Essa é uma reunião de trabalho. Nós havíamos acertado que, quando houvesse necessidade, faríamos reuniões para avaliar o andamento das investigações - afirmou.
Renan disse defender a idéia de prorrogar os prazos da CPIs, desde que seja uma decisão apoiada na necessidade de esclarecer e punir.
- Mas, se a prorrogação parecer uma trama, que é administrar o tempo para esvaziar a investigação, eu sou contra. A sociedade não agüenta mais - assinalou.
O presidente do Senado disse que vem recebendo resultados de pesquisas qualitativas demonstrando que as pessoas querem "ver tudo amarrado". E assegurou disponibilizar todos os meios para que as CPIs trabalhem corretamente.
- Se for necessário contratar uma consultoria internacional, nós vamos contratar. Mas, as CPIs precisam saber que precisam dar as respostas que a sociedade está cobrando. Essa coisa do fluxo do dinheiro no exterior: como é que está essa investigação? Quem coordenou isso? Quem orientou isso? Quem pagou essas contas? Essas respostas precisam ser dadas - cobrou.
Reforma política
Renan Calheiros voltou a defendera realização da reforma política e repudiou as críticas que apontam casuísmo na proposta de alargamento do prazo para realizar mudanças na legislação eleitoral.
- Eu acho que a lei reflete os fatos sociais. Esse casuísmo é justificado apenas para essa eleição. Porque se não mudarmos a legislação, daqui a quatro anos faremos uma nova CPI para investigar pessoas que utilizaram o "caixa dois", porque, não mudando a legislação, as pessoas também não mudarão. Eu acho um absurdo que tenhamos perdido essa oportunidade - disse.
Na sua opinião, o país precisa mesmo é de uma reforma eleitoral que mude o sistema de votação, acabando com o sistema nominal, que proíba as coligações proporcionais e implante a lista partidária. A reforma de emergência aprovada pelo Senado, explicou Renan, tinha o objetivo apenas de dar mais transparência ao processo eleitoral, garantir igualdade de oportunidade e baratear o custo da eleição.
Ao comentar as relações entre os Poderes Executivo e Legislativo, Renan afirmou que o grande erro cometido pelo governo é não ajudar o Congresso Nacional a caminhar com a agenda de interesses do país, incluída aí a reforma política. O presidente do Senado também discordou do presidente da Câmara, Aldo Rebelo, que teria afirmado que só as matérias de consenso avançam no Legislativo. - Se esperarmos para votar apenas o que tiver consenso, nós não vamos a lugar algum. Nós votamos as reformas constitucionais e nenhuma foi consenso. Nós precisamos retomá-las. Nenhuma será consenso, mas temos que submetê-las à votação. Não dá para não votar a reforma política; o país não entenderá - disse o senador.
As informações e a foto são da Agência Senado.
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