Febre Aftosa: Brasil e Paraguai fecham acordo bilateral
Segundo a ata da reunião, ficou acertado que as propriedades rurais localizadas numa faixa de 25 quilômetros, em ambos os lados da fronteira, vão ser incluídas em um cadastro que ficará à disposição dos dois países, uma espécie de georeferenciamento. Assim, todas as informações sobre as medidas de controle e combate aos focos serão divididas entre as autoridades sanitárias que vão definir ainda um calendário de vacinação que devem ser unificados já a partir do ano que vem.
O acordo prevê também a identificação de cada animal por meio de cores e números diferentes para cada país, além de lançar uma campanha de capacitação técnica sanitária para os produtores e agentes que atuam nas ações de erradicação. Um sistema semelhante já está em vigor entre o Paraguai e a Argentina.
“Sinto que finalmente iremos realizar um trabalho em parceria. Começar a elaborar políticas públicas é um grande avanço para Mato Grosso do Sul e para o governo federal. Criar demanda para discutir o assunto já é um grande avanço”, analisa Dagoberto Nogueira.
A mesma opinião também é dividida com o presidente da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal do Estado, João Cavalléro. Ele acredita que o governo federal pode ser um grande parceiro para ajudar os países em desenvolvimento. “Financeiramente, a solução tem que partir do nosso lado. Contribuir é a melhor forma de por um fim a essa discussão”, indica ele que também aponta outras medidas como, por exemplo, a criação de financiamentos para a instalação de indústrias frigoríficas na fronteira do lado paraguaio.
Já para o presidente do Conselho Nacional de Pecuária de Corte, Sebastião Costa Guedes, que também defende o apoio financeiro do Brasil ao país vizinho, ao resolver essas pendências o governo está facilitando a reaproximação do Brasil junto ao mercado externo. "Começarmos a ter uma política que realmente valoriza e permite a entrada da nossa carne em mercados premium. A questão sanitária, e até mesmo a rastreabilidade, é uma tarefa que envolve também o setor privado, mas que depende muito de uma postura de governo, porque isso é atribuição de governo. Cabe a ele ter recursos para isso", completa Guedes.
As informações são de Cristiane Sandim, jornalista da Secretaria de Estado de Produção e Turismo de Mato Grosso do Sul (Seprotur)
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