Bolívia: Morales completa 3 meses sob protestos
Quinta-feira à tarde, praça Murillo, centro da capital boliviana. Na entrada principal do Palácio Quemado, a sede do governo federal, meia dúzia de mineiros com capacetes tentam uma invasão, mas são empurrados por outra meia dúzia de policiais da tropa de choque, armados de escudos. A confusão dura pouco menos de cinco minutos, e os manifestantes saem gritando "ao bloqueio, ao bloqueio".
Ao mesmo tempo, a rua lateral do palácio está interditada pela polícia por causa de uma manifestação exigindo a regularização de uma ocupação urbana. Já a poucas quadras dali, uma centena de dirigentes da COB (Central Obrera Boliviana) se comprimia numa sala apertada para aprovar uma greve geral para o dia seguinte. Além de reivindicações por categoria, defendiam a "nacionalização sem indenização" das multinacionais que exploram gás, medida descartada por Morales.
E, em Santa Cruz, prosseguiram até sexta-feira os bloqueios de estrada em protesto à decisão do governo federal de fechar uma siderúrgica brasileira instalada nesse Departamento e acusada de violar leis ambientais.
Apesar da tentativa de invasão do palácio, apenas as duas últimas manifestações -
todas sem coordenação entre si- receberam destaque da imprensa: afinal, trata-se da Bolívia, onde manifestações e bloqueios de estrada são tão comuns como beber um copo d'água. Mas a diferença agora é, que, há três meses e um dia, o país é governado pelo socialista Evo Morales, até pouco tempo atrás o principal líder das ruas e autoproclamado "presidente dos movimentos sociais".
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