Morales bate duro na Petrobras e expulsa a EBX
"... Morales abre guerra tanto contra os EUA como contra o Brasil. Ele é contra impérios e deve considerar o Brasil imperialista na região.
Em entrevista ao "Roda Viva", gravado no Palácio Quemados, em La Paz, para ir ao ar amanhã à noite na TV Cultura, Evo Morales bateu duro na Petrobras, disse que a Bolívia vem sendo "saqueada" por empresas estrangeiras e acusou a EBX (do empresário Eike Baptista) de agir "ilegal e ilegitimamente" no país. Deve ter boas razões. Mas, por três vezes, reconheceu as implicações do gesto ao ressaltar que não é o caso de "romper relações" com o Brasil. E quem falou em rompimento de relações? Deve ter sido ato falho. Ou recado.
Ele está nacionalizando a produção e exploração de petróleo e gás, aumentou significativamente os impostos no setor, está na bica de quebrar contratos de duas refinarias com a Petrobras e enxota a EBX. É guerra."
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Comentário do blog: Estive no Palácio Quemados, sede do Governo da Bolívia, em La Paz, em 1.999. Acompanhava o governador de Mato Grosso do Sul, José Orcírio (Zeca do PT) Miranda dos Santos; o prefeito de Corumbá - na fronteira com a Bolívia -, Éder Brambilla; o deputado estadual Sandro Fabi e o médico Moisés dos Reis Amaral, especialista nas relações Brasil-Bolívia.
Quando entramos numa sala do Palácio Quemados, onde estava uma grande mesa de reuniões ministeriais, fomos acomodados nas cadeiras e, logo depois, entrava o presidente Hugo Banzer. Ao notar a presença do médico Moisés Amaral, Banzer disse: "Que prazer rever meu grande amigo, Doutor Amaral!"
Eram outros tempos. O presidente Banzer sempre freqüentou a fronteira da Bolívia com o Brasil. Principalmente as cidades de Puerto Suárez e Arroyo Concepción, ao lado de Corumbá.
Sempre demonstrou grande amizade pelo Brasil e nutria grande simpatia pelo povo brasileiro.
Naquele ano, tratava-se da questão da construção da estrada - chamada na Bolívia de "carretera" - que liga Santa Cruz de La Sierra a Puerto Suárez. Com a conclusão desse trecho, fecha-se definitivamente a ligação rodoviária entre os aceanos Atlântico, no Brasil; e Pacífico, no Chile.
Outro tema discutido naquela visita de trabalho foi a hidrovia Paraguai-Paraná, que começa em Mato Grosso, passa por Mato Grosso do Sul e termina em Nueva Palmyra, no Uruguai.
No Ministério das Relações Exteriores da Bolívia e em outros que visitamos, sentimos o grande carinho das autoridades bolivianas. Afinal, os assuntos tratados eram de interesse dos dois países e, conseqüentemente, dos dois povos que vivem irmanados na fronteira entre os países.
Atualmente, nota-se a revolta do povo boliviano da província de Germán Bush - onde ficam as cidades de Puerto Suárez e Arroyo Concepción - com o presidente Evo Morales, que demonstra aversão aos investimentos estrangeiros que, uma vez concretizados na fronteira de Mato Grosso do Sul com o país vizinho, trarão grandes benefícios aos dois povos, com geração de emprego e renda.
Antes da posse de Morales, comentava-se aqui na fronteira que "o Brasil criou tantos problemas para as instalações de usinas termelétricas e siderúrgicas que os empresários resolveram fazer as instalações em território boliviano, próximo da cidade de Corumbá."
Agora, com essa posição adotada pelo presidente eleito democraticamente, Evo Morales, como é que ficam todos esses investimentos feitos por empresas brasileiras na Bolívia?
Ou não ficam?
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