Força de Paz do Haiti treina tiro com escopetas
Sub-comandante da Companhia de Engenharia Haiti, major Elto Olímpio Valich (à esquerda) conversa com oficiais do Exército durante o treinamento de tiro ao alvo
Militares da Companhia de Engenharia Haiti treinam, com instrutores da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, tiro ao alvo com escopetas calibre 12, no stand do 9º Batalhão de Engenharia de Combate (Batalhão Carlos Camisão), em Aquidauana, a 135 quilômetros a oeste de Campo Grande.
Comandante da ROTAI, tenente Daniel (à direita) instrui os soldados da Força de Paz no Haiti, conhecidos como "capacetes azuis"
Segundo o sub-comandante da Companhia, major Elto Olímpio Valich, "esse treinamento visa familiarizar os nosso militares, que trabalharão numa missão de paz da ONU, com o uso de armamento usado em combates urbanos; a escopeta calibre 12 não é utilizada pelo Exército, e por isso os integrantes da companhia têm que estar aptos para, numa situação de ataque por forças inimigas, empregar esse tipo de arma para a defesa."
Soldados da Companhia de Engenharia Haiti - que viajarão para Porto Príncipe em junho - treinam tiro ao alvo com escopetas calibre 12, usando apenas um dos braços
As instruções de tiro com escopetas são ministradas por militares da ROTAI (Rondas Ostensivas Táticas Armadas do Interior), uma tropa de elite da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul.
O comandante da ROTAI em Aquidauana, tenente Daniel, disse que "é importante, para o militar de uma Força de Paz, saber usar a escopeta calibre 12, municiada com chumbo do tipo 3T [o mais potente dos vários tipos existentes para caça e defesa], principalmente em situações de emergência.
Observados pelo tenente Daniel, da ROTAI (à direita), militares da Força de Paz no Haiti treinam o municiamento das escopetas calibre 12
"Durante o treinamento, os militares da Companhia de Engenharia Haiti atiravam em panos com formato retangular, colocados no morro existente no stand de tiro. Depois dos primeiros tiros, já familiarizados com o municiamento da arma, além do mecanismo de disparo intermitente [tiro a tiro] e o recuo da coronha, apoiada no ombro, os militares simulavam situações de tiro como se estivessem feridos num dos braços. Assim, eram forçados a usar apenas um dos braços - ora o direito, ora o esquerdo - para disparar tiros com as escopetas.
Antes dos tiros, os militares que integrarão a Força de Paz no Haiti - acompanhados de um monitor da Polícia Militar - observam o alvo, um pano com formato retangular, colocado no morro
"Essa é uma situação que poderá ocorrer no Haiti e todos têm que estar preparados para emergência desse tipo", informou o tenente Daniel.
Durante toda a tarde de treinamento, uma ambulância do serviço médico - que terá no Haiti o major Teodoro, do Hospital do Exército em Brasília - permaneceu próxima ao stand, para atender qualquer situação de emergência.
O treinamento terminou sem nenhum acidente.
Instrutor de tiro da ROTAI, tropa de elite da PM de mato Grosso do Sul, explica a um militar da Companhia de Engenharia Haiti qual é o procedimento correto para engatilhar a escopeta e atirar, usando apenas um dos braços, simulando ferimento no outro
Depois de usar o mecanismo de municiamento da escopeta, introduzindo o projétil calibre 12 na câmara, o militar usa apenas a mão esquerda para atirar; esse procedimento simula um ferimento em combate no braço direito
Comandante da ROTAI (Rondas Ostensivas Táticas Armadas do Interior) - tropa de elite da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul - tenente Daniel (à esquerda) orienta um dos militares da Missão de Paz no Haiti; auxiliado por um PM
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