Eleições: Fora da redação o clima está quentíssimo
Mas, como repórter - e quero morrer repórter - gosto mesmo é de ir às ruas. Ontem (12), um convite que recebi por e-mail, às 10h21, fez com que eu tivesse mais um motivo para estar nos locais onde os fatos acontecem.
A assessoria do candidato a deputado estadual Paulo Reis (PMDB) convidou e eu fui à caminhada no bairro Nova Aquidauana, prevista para as 14 horas, mas adiada para as 16 horas - veja postagem, com fotos, que fiz na tarde de ontem (12) - e, depois, no início da noite, acompanhei as reuniões na Associação Comercial e Industrial de Aquidauana e na Chácara do Bedim, novamente no bairro Nova Aquidauana.
Posso adiantar ao leitor que, a apenas 17 dias da eleição, o clima está mais do quente. O sangue dos candidatos está fervendo.
Pelo que ouvi ontem, creio que, nas eleições municipais de 2008, haverá uma verdadeira "guerra campal" entre dois grupos, pelo menos, nas cidades de Aquidauana e Anastácio. Conheço bem o PMDB e sei que o partido, aqui em Mato Grosso do Sul, vai sempre unido para enfrentar as disputas eleitorais. Nos casos de Aquidauana e Anastácio, os dois prefeitos não são do PMDB. Felipe Orro é do PDT e apóia André Puccinelli (PMDB). Cláudio Valério é do PTB e também apóia André, não seguindo a orientação política do seu partido, presidido no Estado pelo primeiro suplente do senador Delcídio do Amaral (PT), o empresário e jornalista Antonio João, que apóia a candidatura petista.
Como eles ficarão em 2008? Felipe Orro cumpre seu segundo mandato como prefeito. Cláudio Valério já foi prefeito duas vezes antes desta - o mandato atual não é ligado aos anteriores - mas, caso a reeleição não seja proibida, poderá concorrer novamente, em 2008.
O ex-prefeito de Anastácio por dois mandatos [1997 a 2004], Nildo Alves (PSDB), apoiou a eleição de Valério (PTB). No entanto, ontem, mostrou que nestas eleições pensa de modo diferente do atual prefeito. Enquanto Valério apóia André (PMDB) para governador, Marisa Serrano (PSDB) para o Senado, Vander Loubet (PT) para deputado federal e Jerson Domingos (PMDB) para deputado estadual; Nildo Alves pedia votos para Geraldo Alckmin, André, Marisa, Moka e Paulo Reis (candidato local do PMDB).
E o PMDB, como é que ficará nessa disputa de 2008 nos municípios? Ou não ficará?
Nos discursos que ouvi, pude sentir uma grande mágoa de candidatos e lideranças que esperavam ter apoios declarados de alguns detentores de mandatos nas duas cidades. Isso, no entanto, não ocorre. Capto, no ar, um sentimento de revolta controlada, para "manter as boas aparências", como diria minha sábia avó. Mas posso antever que esse grito abafado em muitos pulmões sairá muito mais forte por muitas bocas, em 2008.
Se, como mostram as pesquisas mais recentes, o candidato André Puccinelli (PMDB) vencer mesmo as eleições já no primeiro turno, muitos prefeitos terão que dar explicações mais do que convincentes sobre o ato de "abraçar todos de vários partidos ao mesmo tempo, fazendo com que ele tenha menos do que 50% dos votos em 1.º de outubro."
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