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Jornalista (MTb 15083/93/39/RJ) formado pela PUC-RJ em 1987 e radialista (MTb 091/MS)- Produtor de programas de rádio e repórter desde 1975; cursou engenharia eletrônica na UGF (Universidade Gama Filho, RJ) em 1978; formado pelo CPOR-RJ (Centro de Preparação de Oficias da Reserva), 1979, é oficial R/2 da reserva da arma de Engenharia do Exército; fundador e monitor da rádio PUC-RJ, 1983; repórter e editor do Sistema Globo de Rádio no Rio de Janeiro (1985 a 1987); coordenador de jornalismo do Sistema Globo de Rádio no Nordeste, Recife, PE(1988/1989);repórter da rádio Clube de Corumbá, MS (1975 a 2000); correspondente, em emissoras afiliadas no Pantanal, da rádio Voz da América (Voice Of America), de Washington, DC; repórter da rádio Independente de Aquidauana, MS (www.pantanalnews.com.br/radioindependente), desde 1985; editor do site Pantanal News (www.pantanalnews.com.br) e CPN (Central Pantaneira de Notícias), desde 1998; no blog desde 15 de junho de 2005. E-mails: armando@pantanalnews.com.br ; armandoaanache@yahoo.com

quarta-feira, abril 16, 2008

Artigo: O povo é executado, a inércia não

O povo é executado, a inércia não

Por Armando de Amorim Anache (*)

Mais um motociclista é executado em Corumbá. Desta vez, na Popular Nova, André Luiz Ramão de Carvalho, 29, foi morto com um tiro na nuca. Seu corpo foi encontrado, por moradores da rua São Paulo, na manhã de hoje (16).
Ele fazia ponto na rua América, no Centro, e foi chamado para fazer um atendimento. Não voltou para o ponto, nem para a sua casa.
O Capital do Pantanal, em reportagem de Henriqueta Pinheiro, informa que é o segundo caso em menos de um mês. Em 27 de março, foi o agente de saúde Salomão Porfírio de Souza, 23. Agora, foi a vez do mototaxista André Luiz.
Já escrevi, aqui neste espaço, sobre o tema: Mototaxistas e latrocínios, motos e cocaína, troca de peças de motos por drogas vindas da Bolívia.
O povo trabalhador de Corumbá continua sendo executado pelos bandidos. Infelizmente, ao que tudo indica, e salvo melhor juízo dos mais doutos, a inércia do setor de Segurança Pública, não.
Algumas autoridades - e não generalizo porque Nelson Rodrigues já escreveu que "toda generalização é burra" - são muito boas para retrucar o que a imprensa noticia.
Incompetentes no cumprimento do dever de garantir segurança a mototaxistas, taxistas, motoristas, ciclistas, carroceiros e à população em geral, mostram extrema aptidão e vontade, com o domínio de palavras fáceis, para maquiar a realidade, jogando toda a culpa nas costas da "tal imprensa." "É tudo sensacionalismo!", "Esses repórteres exageram ao noticiar fatos normais!", "Essa imprensa é pior que ave de rapina!", dizem aqueles que deveriam garantir, aos cidadãos, o direito constitucional de ir e vir.
E agora, quem exagera? A imprensa, com rádios, TVs, jornais, sites de notícias?
Não, senhores da Segurança Pública. Não, mesmo! Quem exagera na incompetência são os senhores, que parecem não ter ouvidos para captar a voz das ruas, que clama por mais segurança nesta fronteira do Brasil com a Bolívia e exige que o artigo 144 da Constituição Cidadã de outubro de 1988 seja cumprido já.
A nós, da imprensa livre, usando da liberdade de crítica construtiva, e não de libertinagem inconseqüente, cabe provocar as "cabeças coroadas", para que saiam dos gabinetes refrigerados e patrulhem as nossa ruas e bairros.
Polícia nas ruas! Rondas ostensivas - sem economia de combustível - agora! Inteligência para chegar, rapidamente, aos motivos desses crimes bárbaros!
O povo não quer, o povo exige!
Mãos à obra. Chega de blablablá e de conversa fiada, que não impedirão novas mortes e mais famílias enlutadas.

(*) É jornalista e radialista, escreve no Blog do Armando Anache (www.aanache.blogspot.com), no Portal Pantanal News e na página "A luta de um repórter pela vida" (http://aaanache.googlepages.com/home)