Do ex-blog do prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia:
CAMPANHA DE 2008 COM CRONOLOGIA ATÍPICA!
1. Depois de alguns anos, iniciando a cobertura diária
da campanha no dia 5 de julho, a TV Globo decidiu iniciar
este ano em 1º de agosto. É um reflexo natural da
inexistência de pré-campanha, produto do noticiário forte
desses meses, especialmente o caso da tragédia da menina,
a dengue, cartonagem, terremoto... e como cenário, o
atraso na definição de candidaturas e alianças pelo
Brasil todo.
2. O uso da TV em campanha começa dia 19 de agosto.
Mas as Olimpíadas esse ano, irão do dia 8 a 25 de agosto.
A cobertura aquece uma semana antes e só desaquece uma
semana depois com a chegada dos atletas a exaltação das
vitórias e as explicações dos fracassos. Portanto durante
o mês de agosto, atipicamente, a atenção do eleitor estará
desfocada das eleições municipais.
3. No caso do Rio-Capital a pesquisa GPP que anotou semana
passada que metade dos eleitores erraram ao dizer
espontaneamente se haveriam e para que seriam as eleições
deste ano, é mostra da ausência de pré-campanha. E ainda
produz uma distorção nas pesquisas, na medida em que os
informados -hoje- estão nos níveis de renda e instrução
mais altos, elevando alguns pontos os candidatos com base
maior nesses segmentos.
4. Os comerciais dos candidatos/partidos, na TV, - e
nestes últimos dias apareceram intensamente os do PT, PV
e DEM- não mexeram com os patamares anteriores das pesquisas
no Rio, por exemplo,sublinhando a falta de pré-campanha.
5. Portanto, o que cabe aos candidatos é muito pé no chão,
sola de sapato, boca a boca, material manual, comício em
casa, micro-reuniões... etc... e esperar com calma...
quando setembro vier... semeando o máximo para irrigar,
mais tarde do que normalmente.
Comentário do blog: Aqui em Mato Grosso do Sul, o quadro geral não
é diferente do apresentado acima.
A Justiça Eleitoral, depois de receber muitas denúncias sobre
propaganda irregular, antes das convenções partidárias, que
serão realizadas de 10 a 30 de junho, proibiu quaisquer tipos de
reuniões com pré-candidatos a candidatos.
Estão proibidos, ainda, os famosos adesivos - vistos em campanhas
políticas anteriores - usados em carros, do tipo "Fulano de Tal 2008".
Com todas essas limitações, a cobertura do dia-a-dia dos pré-candidatos
a prefeito está prejudicada.
Enfim, como dizem os juristas, "Dura Lex Sed Lex", ou "A Lei é dura,
mas é a Lei."
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