Adelmo Lima: E agora, quem será dos direitos humanos?
Por Adelmo Lima (*)
Certamente, não sou dos mais credenciados para escrever sobre a profícua e últil existência do Doutor Lício Benzi Paiva Garcia, falecido em Campo Grande, Capital deste Estado, no dia 14 de agosto, aos 75 anos de idade, e sepultado na vizinha Ladário, sua terra natal, em 15 último, deixnado esposa, dona Terezinha, filhos Delouse, André e Sabino; netos Marcelo, Fábio, Bianca e Gustavo; irmãos Ruy, Nair e Mauri; sobrinhos; e inúmeros amigos e admiradores.
Embora eu o tenha conhecido, há quase 40 anos, na vetusta Cuiabá, Capital do então Estado de Mato Grosso integrado, quando disputávamos, de per si, a concessão da linha de ônibus Corumbá - Ladário, da qual saiu ele vencedor, ouso, somente, a um breve relato de sua vida, no que pertine aos últimos vinte e poucoa anos que desfrutei de sua estreita e honrosa amizade.
Como seu adversário, senti nele a lealdade e a ética. Como seu aliado, pude constatar que ele nunca quis sobrepor-se ao parceiro.
Quem o conheceu, pôde afeiçoar-se-lhe pelo respeito e admiração que inspiravam as suas atitudes, não raras vezes duras e contundentes, é verdade, mas sempre balizadas por virtudes e retidão de caráter.
Era talentoso e não ostentava. Tinha sabedoria e não exibia. Era combativo e não humilhava o contendor. Era bom e não alardeava.
O Doutor Lício Benzi Paiva Garcia encontrou, contudo, na atividade advocatícia, um sentimento profundo de identificação com os semelhantes, aos quais queria muito mais servir e defender do que cobrar-lhes honorários. Sua vida foi um constante estado de vigília em defesa dos Direitos Humanos. Fez benefícios sem conta, com modéstia e humildade. Por isso, o seu nome será sempre lembrado como o homem preocupado com o bem-estar do próximo. Quem viver verá.
Para finalizar, sobeja-me afirmar, parafraseando o Professor João Edson de Mello, que o Doutor Lício Benzi Paiva Garcia "está entre as pessoas que morrem apenas fisicamente", às quais "a morte é para elas como as noites de plenilúnio são para o sol. Assim como este deixa, no luar, o sinal de que continua, no outro hemisfério, a irradiar o seu esplendor, assim também elas permanecem vivas no seu legado."
(*) Adelmo Lima é advogado em Corumbá, Mato Grosso do Sul.
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