CPI dos Correios apresenta segundo relatório parcial hoje
Fruet destacou quatro pontos que serão levados em consideração. O primeiro deles é a análise dos 38 contratos dos Correios que vêm sendo estudados pela comissão. Para tratar do assunto, participarão da reunião técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) que vêm se empenhando na questão.
O segundo ponto são as informações levantadas até agora sobre a Dusseldorf, empresa offshore que o publicitário Duda Mendonça diz ter aberto o exterior como condição para receber, por intermédio do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, suposto operador do "mensalão", o dinheiro devido a ele pelo Partido dos Trabalhadores por serviços de marketing político prestados. Para tanto, também serão convidados a participar da reunião membros do departamento de Recuperação de Ativos do Ministério da Justiça.
Serão abordados ainda, no segundo relatório, com o apoio dos técnicos da CPI, dados gerais sobre a movimentação financeira de Valério e estatísticas sobre ligações telefônicas.
O sub-relator chamou a atenção ainda para a reunião administrativa que se realizará logo após a apresentação do relatório, em que serão votadas as quebras de sigilo de sacadores importantes das contas de Marcos Valério. Fruet acredita que a CPI vai deixar desdobramentos.
- Só para descobrir toda a cadeia que alimentou a conta Dusseldorf levaríamos uns dois anos - comentou.
Origem
Gustavo Fruet fez um balanço do que já foi possível detectar a respeito da origem dos recursos que alimentaram as contas de Marcos Valério, dados que desmontam as versões apresentadas.
Segundo ele, Valério tinha uma conta exclusiva, que ele chama "caixa-cheque", usada para pagar as pessoas indicadas pelo ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares. Esta conta movimentou mais de 500 cheques, sacados através de agências do Banco Rural.
A conta foi alimentada com recursos provenientes da SMPB, empresa de Valério, com mais de 500 depósitos efetivados a partir de 9 de janeiro de 2003, antes, portanto, do primeiro empréstimo realizado junto ao BMG (24 de fevereiro). De acordo com Fruet, só entre 9 de janeiro e 24 de fevereiro, a conta movimentou quase R$ 1,5 milhão.
- Quando vamos ver a movimentação nessa conta, verificamos que, além daqueles R$ 55 milhões que Valério admitiu ter repassado ao PT, há mais de R$ 100 milhões provenientes de contratos de outra natureza. Então estou sugerindo que seja feita uma auditoria dos contratos privados das empresas do publicitário - afirmou o sub-relator.
Fruet observou ainda que, na prática, Valério nunca emprestou nada ao PT, já que não existe nenhum documento comprovando seu vínculo com o partido.
- Ele simplesmente deu o dinheiro ao PT e vai responder por ele junto aos bancos onde o dinheiro foi adquirido, junto à Receita e junto ao Ministério Público - comentou.
As informações são da Agência Senado.







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