Goldman: Aldo não deve emitir juízo de valor
Para o Estadão, comunista disse não acreditar no mensalão
Brasília (30 de setembro) - O líder do PSDB na Câmara, Alberto Goldman (SP), classificou de "infeliz" declaração do presidente da Casa, Aldo Rebelo (PC do B - SP), publicada no jornal O Estado de S. Paulo de hoje. "Ele não poderia emitir juízo de valor sobre algo que ainda está sob investigação", alertou. Para o tucano, o comunista deu uma clara demonstração de que pretende acumular as funções de presidente da Câmara e de líder do governo na Casa. FALTA DE NEUTRALIDADENa entrevista, Aldo se diz convicto de que o governo jamais patrocinou pagamento de propina em troca de apoio no Congresso. "A declaração demonstra a dificuldade que terá para conduzir a Casa com isenção, ao contrário do seu discurso de campanha", apontou. "Qualquer antecipação nesse sentido revela que ele não terá neutralidade no processo", acrescentou.
Já para o colunista Merval Pereira de O Globo, na edição de ontem, Aldo disse que fará de tudo para condenar culpados e absolver inocentes. Na opinião do líder tucano, o comunista deveria se limitar a manifestar suas posições no momento do voto secreto. "A decisão de culpar ou inocentar qualquer parlamentar envolvido no esquema do mensalão deve ser soberana do Plenário. O que se espera é que o presidente da Câmara atue como magistrado", observou Goldman.
SEVERINADA
O comportamento de Aldo se assemelha ao de Severino Cavalcanti (PP-PE) semanas antes de renunciar ao mandato e à presidência da Casa. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o pepista defendeu a adoção de uma pena mais branda que a cassação de mandato dos deputados comprovadamente beneficiários do esquema do publicitário Marcos Valério para pagar dívidas de campanhas eleitorais, mesmo aqueles comprovadamente vindos de caixa dois. A exemplo de Aldo, Severino disse não acreditar no "mensalão" denunciado por Roberto Jefferson (PTB-RJ). Em sua opinião, o uso de recursos transferidos pelo PT, por meio de Valério, para pagamentos de dívidas eleitorais é "menos grave" que o suposto pagamento em troca de votos em apoio ao governo Lula. Para ele, nesses casos "a pena tem de ser uma repreensão, uma outra coisa".
Fonte: Agência Tucana
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