Termina hoje abate de animais da fazenda Vezozzo
Termina hoje abate de animais da fazenda Vezozzo. A notícia é de Jefferson da Luz (em Eldorado) e Vevila Junqueira, da Agência Popular de Notícias. Leia abaixo:
Eldorado (MS) - Termina hoje o abate do gado da fazenda Vezozzo, no município de Eldorado, local onde foi detectado o foco de febre aftosa em Mato Grosso do Sul.
Cerca de 140 animais apresentaram sintomas da doença, mas, por medida de segurança, todos os 582 serão sacrificados. Faltam apenas cerca de 40 animais e o trabalho (incluindo sepultamento) deve ser concluído ainda hoje. Cerca de 25 técnicos, funcionários e operadores de máquinas trabalham no local.
Além do abate, haverá, posteriormente, limpeza e desinfecção da propriedade, vazio sanitário (ausência total de rebanhos), introdução de animais de sentinela (animal susceptível colocado na área submetida ao vazio sanitário) e repovoamento, seguindo normas e procedimentos técnicos. O objetivo é neutralizar o foco de febre aftosa detectado na propriedade.
Comentário do blog: Li uma entrevista, no site Campo Grande News - assinada por Fernanda Mathias, da redação e Graciliano Rocha, de Eldorado -, da pecuarista e dona da fazenda onde foi detectado o foco de febre aftosa (vamos citar a fonte, caros colegas).
Mariza Vezozzo diz que se sentiu vulnerável, enquanto assistia ao abate do seu gado. “É um momento muito difícil não só para mim como para a classe produtora”, disse a pecuarista.
Segundo a reportagem do Campo Grande News, "A proprietária [da fazenda Vezozzo] reiterou que cumpriu o calendário de vacina dos animais, que segundo ela, 'não tomaram uma ou duas doses', mas já estavam na quarta. A pecuarista afirma que integra a quarta geração de criadores de sua família e que tem zelado pela sanidade dos animais. No local a criação era de animais da raça nelore e limousin."
É muito triste e, acima de tudo, preocupante, assistir ao chamado "abate profilático" de gado em pleno século XXI. São 582 reses condenadas à morte, devido à febre aftosa confirmada em 153 delas.
As cenas vistas em Eldorado lembram as execuções em massa em campos de concentração nazistas, ou na antiga Iugoslávia, mais recentemente.
Não sou médico e muito menos especialista em veterinária ou doenças contagiosas. Mas continuo achando incrível, ou inacreditável, que medidas desse tipo tenham que ser tomadas, emergencialmente, neste início de novo século.
E se fossem seres humanos? O (a) leitor (a) pode imaginar as cenas de "abate profilático"?
A dúvida que fica é a seguinte: Será que adianta imunizar todo o gado em Mato Grosso do Sul, por meio de campanhas de vacinação em massa, se o Paraguai - país amigo e vizinho - não faz o mesmo?
No Paraguai - o (a) leitor (a) pode ler notícias que postei hoje, das edições dos jornais paraguaios - as autoridades garantem que a vacinação foi feita em todo o rebanho bovino.
O blog, portanto, não acusa ninguém, apenas levanta hipóteses.
Aqui no Brasil, há a reclamção da falta de investimentos, por parte do Governo Federal, no setor da pecuária.
O governador de Mato Grosso do Sul, José Orcírio Miranda dos Santos - o Zeca do PT - vai a Brasília na manhã de amanhã (13), informa a Agência Popular, onde terá audiência com ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues; que já visitou Eldorado. São necessárias verbas, mais dinheiro para o setor produtivo rural.
E agora, como é que fica? Ou não fica? Quem paga os prejuízos? O povo, claro, por meio dos impostos.
Só isso. Ou tudo isso.
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