Tesoureiro de Magno admite ter recebido R$ 350 mil da SMPB
Segundo Albrigo, o dinheiro foi retirado no escritório da empresa em Belo Horizonte em três ocasiões: em 5 de dezembro de 2003, R$ 50 mil em espécie; em 27 de abril de 2004, R$ 50 mil em cheque; e no segundo semestre de 2004, R$ 250 mil em espécie.
Albrigo disse que a primeira parcela foi usada para quitar dívidas da campanha de João Magno para deputado federal. A segunda, para pagar despesas da prévia que indicou o candidato do PT para a prefeitura. A terceira, para financiar a campanha propriamente dita. O tesoureiro disse ter comprovantes de todos os pagamentos, que serão colocados à disposição do Conselho de Ética.
Indagado sobre a razão pela qual não incluiu os recursos na prestação de contas à Justiça Eleitoral, Albrigo afirmou que o deputado João Magno cobrou diversas vezes do então tesoureiro do PT, Delúbio Soares, o comprovante da origem do repasse, mas não obteve sucesso. "Não contabilizamos porque confiávamos no Delúbio e ficamos aguardando, mesmo depois, a regularização da situação", explicou. Albrigo, que ainda trabalha para João Magno, disse que a situação já foi sanada com prestação de contas complementar apresentada em outubro deste ano, na qual admite o recebimento de dinheiro da SMPB.
Pesquisas
Também em depoimento no Conselho de Ética, o irmão de João Magno e proprietário da empresa DataMinas, Hermínio Moura de Araújo, afirmou que foram depositados R$ 25,9 mil em sua conta, autorizados pelo diretório Nacional do PT, como pagamento de pesquisa qualitativa para a campanha de Magno em 2002. Posteriormente, investigações da CPMI dos Correios identificaram que os recursos eram provenientes da empresa SMPB, do empresário Marcos Valério. Araújo é proprietário da empresa DataMinas e recebeu o pagamento em 19 de agosto de 2003.
Hermínio também prestou serviços à Prefeitura de Ipatinga (MG) em 1995, quando João Magno era prefeito do município. Questionado pelo relator do processo contra o deputado mineiro no conselho, deputado Jairo Carneiro (PFL-BA), se não haveria conflito ético nessa relação, o depoente afirmou que foi subcontratado por uma empresa que venceu a licitação para prestar o serviço e que preencheu todos os requisitos técnicos para a função.
Depósito para assessor
Charles Antônio Ribeiro, assessor de João Magno, também admitiu ter recebido, em agosto de 2003, R$ 10 mil em sua conta bancária para o pagamento de fornecedores de campanha do deputado. O assessor disse ainda não saber a origem do depósito.As comissões parlamentares mistas de inquérito (CPMIs) dos Correios e da Compra de Votos constataram que o repasse foi intermediado pelo empresário Marcos Valério. O assessor informou aos integrantes do Conselho de Ética que pediu à Caixa Econômica Federal comprovante do depósito em sua conta, que deverá ser apresentado em 15 dias. Segundo Ribeiro, o dinheiro serviu para pagar a pintura de muros e o contador da campanha de João Magno.
As informações são da Agência Câmara.
Confira os depoimentos prestados até agora
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