Aquidauana escolhe Rei Momo e rainha do carnaval
Cerca de 400 pessoas compareceram à Avenida Doutor Sabino, onde um trio elétrico estava estacionado e, no palco, a banda SP&Cia tocava axé-music.
Policiais militares do 7.º Batalhão fizeram a segurança na área interna da Avenida Doutor Sabino, apoiados por seguranças particulares contratados pela prefeitura de Aquidauana.
Comentário do blog: Sou do tempo em que o carnaval no estado de Mato Grosso integrado, e também em Mato Grosso do Sul, tinha tudo a ver com o carnaval do Rio de Janeiro, devido a influência dos militares da Marinha do Brasil, que servem no Sexto Distrito Naval, em Ladário, a seis quilômetros e leste de Corumbá, na fronteira com a Bolívia.
O carnaval neste estado ainda tem tudo a ver com o samba, embora algumas prefeituras insistam em trazer ritmos que nada tem a ver com a cultura do nosso povo.
Aquidauana tem o carnaval fora de época, a Pantaneta, em setembro. Nele, o ritmo dominante é o axé-music. Então, por que a insistência nessa tentativa de homicídio contra o verdadeiro samba do legítimo carnaval de fevereiro?
Hoje de manhã, no meu programa na Rádio Independente, perguntei se as escolas de samba de Aquidauana e Anastácio, que desfilarão na Avenida Doutor Sabino da segunda e na terça-feira, tocarão samba com as suas baterias ou a tal da axé-music. É claro que levarão o verdadeiro samba no pé.
Fica aqui essa opinião: Carnaval é samba. Ponto final. Quem quiser curtir axé-music pode viajar para o maravilhoso estado da Bahia. Lá está a legítima axé-music, tão tradicional dos carnavais baianos.
Da mesma forma que em Pernambuco - onde vivi e trabalhei nos anos de 1988 e 1989, acompanhando os maravilhosos desfiles do bloco Galo da Madrugada, maracatus e escolas de samba e tantas outras manifestações culturais legitimamente pernambucanas - o frevo predomina ao lado do maracatu e do samba.
Vamos deixar de lado o "drama de querer ser dois", como dizem os antropólogos, e assumir de uma vez por todas as nossas raízes culturais, ligadas ao samba. Quem gosta de imitar os outros é o magnífico e gracioso macaco. Não somos macaquinhos nem miquinhos amestrados, para imitar - ou tentar imitar - outras culturas que nada têm a ver com a nossa.
Viva o samba. Viva o verdadeiro carnaval. Afinal de contas, "... quem não gosta de samba, bom sujeiro não é. É ruim da cabeça, ou doente do pé..."
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