Do ex-blog do prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia.
Deveria ser leitura obrigatória para alguns poucos que se julgam
"cientistas políticos" nesta região de Aquidauana, Anastácio,
Campo Grande, Miranda, Ladário e Corumbá e adjacências:
COMO SOBREVIVER A UM ESCÂNDALO!
1. Dick Morris - assessor de propaganda na segunda campanha
a presidente de Clinton- em seu livro "O Novo Príncipe"
(edições em inglês e espanhol), destacou um capítulo ("Como
sobreviver a um escândalo"), para tratar dos escândalos
com governos e políticos. Lembra que, quando abre um
escândalo, o repórter (a polícia ou o MP), que o descreve
tem munição guardada para os próximos dias e os editores
fatiam a matéria, pedaço a pedaço, para produzir a cada
dia uma nova revelação.
2. Ou seja, de nada adianta querer suturar o escândalo com
uma contra-informação no nascedouro da notícia, no veículo
que a publicou, pois virão outras logo depois,
desmoralizando a defesa.
Sem esquecer que outros veículos entram para concorrer
com fatos novos.
3. Diz Morris, que "a força de um escândalo é sua importância
política", ou seja, quanto está vinculado às decisões
de governo. E sublinha: "Não há maneira de -ganhar- na
cobertura de um escândalo. A única maneira de sair vivo é
dizer a verdade, agüentar o tranco e avançar."
4. A chave, para Morris, é não mentir. Para ele, o dano
de mentir é mortal. "Uma mentira leva à outra, e o que
era uma incomodidade se aproxima da obstrução criminal
da Justiça." Morris diz que é sempre bom olhar e pesquisar
bem a reação final do público em relação ao acusado.
"Se os eleitores se mostram verdadeiramente escandalizados
com o que dizem que você fez, é melhor que não tenha feito.
Roubar dinheiro quase sempre não se perdoa." Em outros
tipos de escândalo, os eleitores se mostram menos
intransigentes, mais suaves e compreensíveis,
especialmente com escândalos ligados a sexo e droga.
5. Da leitura no “O novo Príncipe" , uma conclusão se pode
tirar: ou em escândalos de forte intensidade o político
nada tem a ver ou o jogo está perdido. E se for um
escândalo presidencial que afaste inteiramente do governo
e sua convivência os responsáveis por traição de
confiança (como aliás espertamente Lula o tem feito).
Caso contrário terá perdido a batalha política.
Mas quando os escândalos não são governamentais, e tem
farta repercussão, a probabilidade de ter perdido a
batalha, é muito grande.
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home