Artigo: O ímpio, o bom e a política
Gosto muito de ler a Bíblia. Ela é o Livro Sagrado, fonte de inspiração, ensinamento, tranqüilidade, sabedoria.
Muita gente, como eu, também lê a Bíblia. Isso é muito bom.
Pena que poucas seguem os seus ensinamentos. Isso faz aumentar o número de ímpios sobre a Terra.
Ímpio é aquela pessoa, conforme explica o Dicionário Houaiss, "que é desapiedada, desumana, cruel, bárbara."
No livro dos Provérbios - que releio hoje - capítulo 10, versículo 25, está escrito que "como passa a tempestade, assim desaparece o impio; mas o justo tem fundamentos eternos."
Se prestarmos atenção na História da humanidade, teremos vários exemplos de ímpios. Nos períodos de guerra, então, eles proliferam na forma de tiranos implacáveis
Mas, também em tempos de paz, os ímpios estão presentes. Muitas vezes, em lugares imprescindíveis aos seres humanos. E está escrito que, se você combate os maus, estes combaterão você.
Na política, por exemplo, os ímpios são maioria? Será que não? Torço para que não sejam. Pare e pense um pouco.
Se, antigamente, muitas pessoas entravam para a política com o único objetivo de trabalhar pelo bem comum de toda comunidade; hoje grande parte só pensa em acumular riqueza.
Para esses, de nada vale o que ensina o livro dos Provérbios, 30:8: "Alonga de mim a falsidade e a mentira; não me dês nem a pobreza nem a riqueza: dá-me só o pão que me é necessário."
Por essas e outra é que o povo deveria aprender que "não é bom ter respeito à
pessoa do impio, nem privar o justo do seu direito." (Provérbios, 18:5)
Numa sociedade, onde o ímpio é respeitado - porque conseguiu riqueza ilegal e de forma ilícita - e o justo é privado do seu direito, a doença social está presente.
Ou, como dizia, nos anos 1990, o grande médico Moysés dos Reis Amaral, integrante do programa "Debates Populares", em Corumbá, na fronteira de Mato Grosso do Sul com a Bolívia: "Sociedade deformada, sociedade doente, sociedade autofágica que come os melhores e, muitas vezes, prestigia os piores."
Afinal, "a coroa dos sábios é a sua riqueza, porém a estultícia dos tolos não passa de estultícia (Provérbios, 14:24)"
Para quem não sabe, aqui vai a contribuição, novamente, do mestre Houaiss: Estultícia é a "característica do que é ou se apresenta de modo estúpido; tolice, parvoíce, estupidez."
Podemos deduzir, portanto, que os ímpios que usam a política para enriquecer rapidamente, não passam de tolos estúpidos. Desaparecerão como a tempestade.
Talvez seja por isso que muitas pessoas, hoje em dia, não querem entrar no mundo da política. Pessoalmente, creio que as bem intencionadas devem ocupar lugares de destaque na política. Assim, as más não terã espaço.
No entanto, para muitas, ainda vale o que está escrito na Bíblia Sagrada: "Vale mais ter um bom nome do que muitas riquezas; e o ser estimado é melhor do que a riqueza e o ouro (Provérbios, 22:1)"
Sou obrigado a concordar que, nos dias atuais, de tanta corrupção na política, é melhor ser estimado por muitos do que confundido com mais um lacaio dos interesses escusos, acobertados pelo manto da impunidade proporcionada por cargos municipais, estaduais e federais.
(*) Jornalista, escreve no Blog do Armando Anache (www.aanache.blogspot.com) e na página "A luta de um repórter pela vida" (http://aaanache.googlepages.com/home)
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home