Descontinuidade de ações em ano eleitoral oferece risco de epidemia de dengue em 2009
Em sua palestra, o secretário ressaltou a necessidade de os municípios fazerem levantamento e divulgação dos dados epidemiológicos apurados em suas respectivas cidades. Dessa forma, prosseguiu,é possível manter o alerta para a população, que pode reforçar o combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença.
Outro importante aspecto é o aprimoramento da articulação intersetorial entre as esferas de governo federal, estaduais e municipais, bem como entre as áreas da saúde, meio ambiente, infra-estrutura e educação, além da participação popular.
A questão da descontinuidade das ações contra a dengue, pelas prefeituras, em períodos eleitorais, tem sido repetidas vezes abordada por fontes do governo federal, inclusive pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Durante solenidade essa semana, em Brasília, o presidente Lula convocou os prefeitos e toda a população brasileira para que façam um mutirão contra a dengue, evitando uma epidemia em 2009.
O secretário adjunto de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Fabiano Pimenta, também chama a atenção quanto à questão da descontinuidade de ações durante o período eleitoral. “É muito importante que os prefeitos mantenham os seus esforços contra a dengue durante e após o período eleitoral”, alertou Pimenta.
Para o Ministério da Saúde, a dengue requer vigilância permanente. Um dos motivos para tal preocupação é o risco de dispersão do vírus tipo 2 da doença (DEN 2), reintroduzido no país. A manutenção das ações é de fundamental importância, considerando que a dispersão do DEN 2 pode vir a causar epidemias em 2009.
Alguns dos outros fatores que reforçam a preocupação do MS com relação à permanência da dengue no Brasil são a concentração de 81% da população brasileira em grandes centros urbanos e os problemas de saneamento que obrigam pessoas a acumular água em tambores, tonéis, potes ou tanques, e que podem se transformar em criadouros do mosquito da dengue.
Além desses aspectos, que dificultam o controle da doença, a dengue é uma doença que extrapola o campo da saúde pública, e que exige ações intersetoriais, envolvendo desde infra-estrutura das cidades, meio ambiente, educação, assim como a mobilização da população.
De acordo com o secretário adjunto, a dengue acomete a cerca de 100 países, onde 2,5 bilhões de pessoas vivem sob o risco de contrair a doença.
As informações são da Agência Saúde
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